Lúcia os chamou e rapidamente, retiraram suas mãos e correram até o rio junto dos outros. A água estava magnífica e com certeza melhorou o aspecto de todos, os deixando totalmente diferentes. Logo após, rodearam a fogueira acesa e deram início à uma dança divertida e alegre, mas não era uma dança qualquer, pois onde suas mãos e pés tocavam surgia um delicioso banquete: > nacos de carne assada, que enchiam o bosque com o seu delicioso aroma; bolos de aveia e trigo; mel e doces de muitas cores; creme de leite espesso, pêssegos, ameixas, romãs, peras, uvas, morangos... verdadeiras cataratas de frutas. Depois foi a vez dos vinhos em taças de madeira e vasos entrelaçados com hera. Vinhos escuros e espessos como licor de amoras, outros de um vermelho–vivo como geleia rubra e derretida, e ainda outros amarelos e verdes, e outros amarelo–esverdeados e verde–amarelados.<
Já para as árvores, o alimento era um pouco diferente: Lúcia achou que iriam comer terra, ao ver diversas toupeiras escavarem e sentiu um arrepio no dorso da espinha. Na verdade, o que iriam comer era um esplêndido torrão-castanho que mais se parecia chocolate, e a menina acabou por mudar de ideia e observou que não podia ser tão ruim assim. Edmundo ao ver o alimento das árvores se aproximou, e como fazia dias que não experimentava um chocolate acabou por comer um, mas não achou tão bom assim.
– Urgh! Isso aqui com certeza não é chocolate! – disse após cuspir o torrão e limpar o canto da boca – Tem um gosto de terra horrível
– Eu até iria experimentar mas acho que não vale mais a pena – Mia disse rindo do garoto, bom, evitando não rir – Faz tanto tempo assim que não comia chocolate rei Edmundo?
– Muito engraçadinha você srta. Ketheleen – retrucou logo após secar seus dedos melados na camisa
– Vamos concordar que o meu senso de humor é muito melhor que o seu majestade
– E quem mais concorda com isso? – perguntou cruzando os braços e arqueando uma das sobrancelhas
– Eu concordo – disse um pequeno animalzinho, que mais tarde Edmundo constatou como um esquilo, enquanto passava por eles. Mia fez uma expressão querendo sinalizar: "– Viu, eu tinha razão"
O banquete e a dança continuou, e foi assim que Aslam ofereceu aos nárnianos sua liberdade de volta. Depois de muitas horas, quando faltava pouco tempo para o sol se for no poente, a festa foi se encerrando, para alguns, já que outros continuaram ao redor da fogueira até o cair das estrelas. Então, os reis, as rainhas, o príncipe e a guerreira de Nárnia acompanharam o leão que os conduziu até o castelo telmarino, onde Caspian seria finalmente coroado rei de Nárnia. Ao adentrarem os portões do castelo foram aplaudidos de pé por todos, e em poucos segundos já se viam dentro da fortaleza, que outrora, significava opressão. Uma nova era estava começando.
Mia, assim com os outros, foi levada até o quarto onde se acomodaria por aquela noite e quem sabe mais e mais vezes. Ao entrar, olhou em volta: lembrava muito seu quarto na Inglaterra; diversas prateleiras entulhadas de livros ocupavam grande parte do ambiente, muitos tapetes cobriam o chão, tapetes esses que mais pareciam uma obra de arte de tão majestosos. No teto, haviam pinturas antigas sobre as lendas que os telmarinos criaram. Esculturas de ouro e pedra também podiam ser vistas, e ao fundo, uma cama de dossel com visão para o lado exterior das janelas. Caminhou até um pequeno sofá que ficava numa espécie de parapeito em baixo da janela e observou a indescritível paisagem.
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O BATER DE ASAS DAS BORBOLETAS | Edmundo Pevensie x OC
FanficMia Ketheleen, uma garota nem tão simples assim e que desejava acima de tudo ter uma vida comum em Finchley, é obrigada por seus pais a estudar no Colégio Experimental - rígido, igual as regras que as tradições familiares ditavam - onde acaba se tor...