The A Team Story (#Wattys2016)

18. Beyond the pale

Desculpem. Não tive tempo de revisar. Só posso dizer que isso marca uma nova Angel. Gradativamente vocês vão perceber as mudanças.

P.S.: O  capítulo da micro, mas acho que posto o 19 ainda hoje, pra vocês!

Boa leitura

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Três tapas no rosto. Foi o necessário para Angel abrir os olhos – já que ela não tinha dormido. Bradley havia ficado naquele joguinho basicamente a noite toda -. O lençol sob ela estava úmido, de champanhe, suor e lágrimas. Ela estava cansada. Sentia-se mal, um lixo, um pedaço de gordura de carne. Ainda estava algemada e desconfortavelmente despida e vulnerável.

- Vamos, acorde, benzinho. – ele disse, com um sorriso repugnante. – Lembrando-se da noite passada? – falou, percebendo as entranhas de Angel retorcendo-se conforme ela recobrava os sentidos. - Engraçado... Estava realmente pensando em pagar... Mas paguei só pela suíte. Porque nem para ser puta você serve. Você não vale um centavo do meu bolso. Aliás, do bolso de ninguém.

Ela cuspiu novamente na cara dele, e em seguida virou o rosto.

Bradley limpou o olho e apenas sorriu. Soltou-a das algemas e já sabia que ela iria investir contra ele, e todo o esforço que ele fez foi segurar os braços dela marcados pela pressão do aço e apertou seus pulsos. Os olhos dela saíram das órbita de tanta dor, e ela caiu na cama, desistindo.

- Dói, não é? Isso é para você aprender, sua cadela. Você vai me pagar quando eu quiser que você me pague, e você NÃO TEM como fugir de mim. Bati um papo com sua amiguinha, Britanny, e ela me disse que você não tem andado muito disciplinada... E disse que tudo bem se eu te desse um castigo. Pois está dado. – e se aproximou lentamente – E pode não ser o único, muito menos o último.

Angel desejava com todas as forças que ele saísse de perto dela. Estava dolorida, machucada e faminta. Totalmente arrasada e abatida.

 Com um último olhar de desdém, Brad saiu da suíte, deixando a porta aberta. Pela primeira vez os músculos de Ang pareceram relaxar. Ela respirou fundo e seus olhos encheram de lágrimas. Não eram lágrimas de auto-piedade. Eram lágrimas de raiva. De nojo. De impotência. Lágrimas de injustiça.

Trêmula, levantou-se com dificuldade e andou lentamente até o banheiro da suíte, e encarou seu reflexo no espelho. Ela estava abatida. Suas bolsas nos olhos eram notórias e profundas, e as pálpebras estavam inchadas. A maquiagem nem existia mais, com exceção de seu delineador, que estava completamente borrado em uma macha negra, ressaltando seu cansaço.

- Você não vai mais chorar. E não vai mais ser fraca. Não vai. – ela disse, passando as mãos em seu rosto, o que acabou fazendo o resto da mancha se espalhar, deixando seu rosto todo machado de preto, como se fossem pinceladas.

Ela olhou para todo o seu corpo. Nu, e frágil. Repleto de marcas roxas, de quando Bradley tinha exagerado. Os hematomas não só doíam externamente, mas também representavam a humilhação dela, da noite anterior.

Em um acesso de fúria, ela andou até a banheira e pegou uma esponja. Suas mãos estavam pretas do resto da maquiagem, e logo ela sujou a esponja, mas nem ligou.

Ela ligou o chuveiro e uma água gelada e abundante começou a jorrar. Angel esfregou tudo raivosamente, como se aquilo fosse eficaz em remover as lembranças de ontem. Cada vez que ela fechava os olhos, se lembrava de Bradley em cima dela. Bradley rindo dela.

- SEU CANALHA! CANALHA FILHO DA PUTA, VÁ PARA O INFERNO! – ela gritava, enquanto chorava e esfregava seu braço, conforme a água fluía pelo seu corpo. A dor só ficava mais intensa, e ela havia feito feridas, que estavam começando a sangrar.

Ela chorava tão alto e gritava tanto, que sua garganta ardia. Mas ela não se importava, porque essa era a menor de suas dores. Ela sentia sua crença na humanidade se esvaindo junto com a água.

- Ei! Ei, ei, Trai! O que você está fazendo, garota?! – alguém disse chegando ao banheiro. Angel não viu quem era, pois estava de costas para a porta. Ao tentar se virar, cada fibra de seu corpo gritou, e ela gemeu junto. Sua visão estava embaçada, mas conseguiu ver que era uma figura feminina. – Puta merda! O que fizeram com você? DANNA, VEM AQUI AGORA! – a voz chamou.

- O que...? CARALHO! TRAICY, O QUÊ QUE TE DEU? – Danna disse, puxando o braço de Angel e vendo as cicatrizes.

- Eu não... Não vou mais ser fraca... Nunca, nunca mais, eu... Eu não... – Ang tentou balbuciar, e logo tudo escureceu.

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Mil tretas, hehe. Bom, vocês não estão comentando muito, então não vou dedicar o capítulo para alguém que comentou, só achei feio deixar sem dedicar. Então foi pra Marta, já que foi ela que interagiu comigo haha <3

Next: Time to go, don't be slow! (parte do Ed tá mais perto do que vocês imaginam). hu3