capítulo 106

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Oi minhas bitches, como estão??
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*Peter on

_É madrugada, todos aqui estão dormindo. A missão foi muito cansativa, s/n se machucou bastante, mas dormiu assim que cinco a deixou em sua cama. Fizemos um curativo em volta de sua barriga, e deixamos ela sozinha para descansar_

_Eu acordei agora, sai da cama cuidadosamente para não acordar Julie, que dormia ao meu lado_

_Quando passei pelo corredor, não pude deixar de notar barulhos vindo do quarto de cinco, como sou curioso e me preocupo com meus amigos... abri a porta do mesmo, ele estava em cima de sua cama, rabiscando sua parede com um giz_

Tá tudo bem ai? -perguntei, fechando a porta-

Cinco: não, não está tudo bem! -respondeu nervoso-

- o que são esses cálculos?

Cinco: ...

_Ele continuou escrevendo, sua respiração estava rápida demais_

-cutuquei o mesmo- ei, cara...

Cinco: o que foi, porra!?

- porque tá fazendo isso? Aconteceu alguma coisa? Olha a hora que é...

Cinco: quer saber o que acontecer parker!? eu te falo o que aconteceu! -falou irritado-

- então fale.

Cinco: eu estou achando que a s/n pode ter me enfeitiçado -continuou escrevendo rapidamente-

- que!?

Cinco: isso mesmo que você ouviu.

- mas porque isso?

Cinco: pensa comigo...ultimamente andamos muito próximos um do outro, correto?

- correto.

Cinco: -me olhou- e eu não sei como explicar cara, mas de uns tempos pra cá começou a surgir um sentimento muito estranho...

uhum... -estava tentando entender-

Cinco: tipo, eu odiava ela. Mas agora, quero passar a maior parte do meu tempo com ela, é como se... ela tivesse controle sobre mim!

-sentei em seu sofá-

Cinco: toda a vez que ela me olha, eu sinto algo muito louco dentro de mim... sabe quando você quer muito vomitar, e dá aquele embrulho no estômago!?

- sei.

Cinco: EXATAMENTE! Porém eu não toco nada para fora... aquela sensação permanece, e quando eu encosto nela... meu corpo todo estremece em um nível inexplicável, como se meu cérebro avisasse que ela é perigosa! -falou rápido-

_Eu estava me segurando para não rir, mas deixei o mesmo prosseguir_

Cinco: Quando ela me beija, é como se toda a minha atenção ficasse totoalmente ligada a ela, me fazendo querer mais e ficar eufórico por isso. Para você ter uma noção do poder desse feitiço, eu me preocupo tanto com ela, que parece que meu subconsciente só se acalma quando ela está bem. Entende?

- claro...

Cinco: ou seja, esses cálculos são um método científico usado à anos atrás, para desfazer feitiços lançados por bruxas... eu só preciso calcular certo e ver qual substância química poderá ser usada, assim eu consigo me livrar dela!

- e você não pensou em outra coisa, além de achar que ela te enfeitiçou?

Cinco: claro que não, está muito óbvio. Nunca havia sentido algo assim, mas é o que eu sempre digo... não podemos confiar em ninguém. Parece que estou ficando louco! -voltou a escrever na parede-

_Ficamos uns minutos em silêncio, até o mesmo quebra-lo_

Cinco: será que o ferimento dela já melhorou?... DROGA! -começou a andar de um lado para o outro, com a mão na cabeça- entendeu agora Peter!? Eu não consigo parar de pensar nessa mulher, acho que vou enlouquecer! Eu não sei mais o que fazer... ela está me controlando, será que implantou algum chipe no meu cérebro!? Por favor Peter, me ajuda!

_Dessa vez, eu não consegui controlar a risada, e cai na gargalhada_

Cinco: está rindo do que!?

- você está apaixonado, cara.

Cinco: que? -parou de andar, e me encarou-

- esse "embrulho" no estômago que você diz, na verdade a gente chama de "borboletas", isso é causado pelo amor que você sente por ela, é normal -dei de ombros-

Cinco: normal!? Como você pode chamar aquilo de normal?

- se acalma, eu já senti isso antes... logo você acostuma, bem vindo ao mundo dos iludidos meu amigo.

Cinco: não... isso não pode estar acontecendo, como?

- como eu não sei, mas você está apaixonado por ela isso é um fato.

Cinco: mas isso some?

-ri- você está agindo como se isso fosse uma doença.

Cinco: e não é!?

- claro que não, vai me dizer que nunca sentiu isso por alguém?

Cinco: não.

- ah...

Cinco: cara pelo amor de Deus, me ajuda a tirar isso de mim.

- não tem como.

Cinco: nenhum remédio? nenhuma fórmula?

- não né, você não pode simplismente enganar seus sentimentos, não é assim que funciona!

Cinco: então o que eu faço!?

- sei lá... convida ela para dar uma volta, bater um papo...

Cinco: não, de jeito nenhum.

- porque não? Vocês já fizeram isso antes.

Cinco: mas agora é diferente, eu sei que pode ter uma leve chance de estar apaixonado, e eu não quero isso.

- você não quer ela?

Cinco: q-quero mas... ah cara, não sei.

- não me diga que está com medo...

Cinco: q-que? Medo? Eu? -disfarçou- óbvio que não.

- então, porque está suando?

Cinco: -olhou para suas mãos molhadas, e as limpou em sua roupa- está calor.

- ah sim, claro... bom, você que sabe. Eu vou voltar pro meu quarto -levantei- qualquer coisa, conversamos amanhã.

Cinco: beleza, e parker...

- oi?

Cinco: eu... até que não foi ruim não ter te matado antes, você é meu primeiro amigo.

-dei um sorriso- fico feliz em me considerar um amigo, e não uma ameaça.

Cinco: e quem disse, que eu não te considero uma ameaça? -brincou-

-ri- boa noite cara... e vê se para com esses surtos, vai acabar matando você.

Cinco: pode deixar engomadinho, e vê se não cai uma teia pelo caminho.

_Mostrei o dedo do meio para ele, e fechei a porta, seguindo novamente o meu caminho_

Continua...

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