Se você tem memória ruim ou não lembra, recomendo reler o capítulo 18, Simplesmente, alguns acontecimento que rolaram nele serão bem importantes para esse
Boa leitura!
Bebê.
Somos o que há de melhor.
♪
Meu quarto parecia um pouco mais frio que o normal, mas não estava sozinha. Meus pensamentos estavam ali. Meus piores pensamentos. E, agora, bem mais.
— Sentiu minha falta?
Fechei os olhos e dei um sorriso não acreditando de quem era aquela voz.
— Pedro Santiago.
— Iria falar em carne e osso, mas o correto é em beleza e imaginação mesmo.
Soltei um riso fraco.
— Esqueceu do humilde, anjo.
— Anjo, não, mona, unicórnio. Respira o ser que sou. — Me sentei na cama vendo o unicórnio de vestido de princesa azul bebê. Porque nada podia ser normal na minha vida? Neguei com a cabeça. — Os anjos não gostam de serem chamados de unicórnios, porque os unicórnios iriam gostar de serem chamados de anjos?
Dei os ombros.
— Para mim, os dois não existem, então não importa.
— Que rude da sua parte, garota. Eu existo!
— Na minha imaginação.
— Foi o que falei, Marcela. — Me encarou sério. — Eu existo. Não importa onde, eu existo.
Foi minha vez de o encarar séria. Pedro Santiago não havia mudado em nada. Seu pelo branco continuava lindo e perfeito. Além da roupa pouco convencional, usava um óculos escuro.
"Penso, logo existo."
— Quem é você? — Ele sorriu. — E seu irmão — não me respondeu. — Eu me droguei?
Era como se não tivesse lembrança de nada. A última coisa que lembrava era que estava com Gizelly no motel e... Minha mãe.
Não, não. Minha mãe não.
— Eu sou você, Marcela.
Meu coração batia tão rápido que parecia que estava à beira de um ataque, Pedro Santiago tinha razão. Ele era eu, ele era tudo aquilo que pensava, representava ou desejava.
Pedro Santiago e Paulo Santiago era totalmente, inteiramente e completamente uma Marcela Mc Gowan.
Meus medos, meus sonhos, minhas lágrimas, minhas risadas.
Senti uma forte dor no rosto e abri os olhos rapidamente. Gizelly estava na visão agora.
Olhei para o lado, ainda estava no quarto do motel. O que tinha acontecido?
Meus sentidos começaram a voltar e percebi o que estava acontecendo ao meu redor.
— Você me deu um tapa?!
Gizelly não se abalou com meu comentário.
— Você começou a surtar e aí desmaiou, precisava de acordar.
— E você me deu um tapa?!
Ela mordeu a língua timidamente.
— Você ficou mais de cinco minutos desmaiada, eu li em algum lugar que se passar alguns minutos é péssimo sinal.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Oitavo B
FanfictionClichês viram clichês por um bom motivo, porque todo mundo ama. Gizelly odeia histórias de amor e, particularmente, nunca acreditou muito nessa de "amor". Quando a garota mais popular se vê diante da "nova" aluna, ela percebe que talvez, só talvez...