ᴇʟᴇ ᴇ́ ᴜᴍ ʙᴏᴍ ɪʀᴍᴀ̃ᴏ

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Our Cr7 for respect

Arthur olha para o irmão como se quisesse mata-lo, mas não faz nenhum esforço para revidar. Quando estou prestes a sair em disparada pelo corredor para afastar Rafael dele, Arthur me vê pelo canto do olho. O irmão se vira para ver o que chamou a atenção de Arthur e, assim que me vê, recua um passo, soltando-o.

Fico muito confusa com o que acabou de acontecer. Rafael está entre mim e Arthur. olhando de um para outro. Justo quando parece que está prestes a se virar e sair. ele gira o corpo e acerta Arthur em cheio no olho, jogando-o na parede.

— O que é isso?! — grito para Rafael.

Corro até Arthur, que ergue e mão, me mantendo afastada.

— Está tudo bem — diz ele. — Vá lá para cima. Vou subir num minuto.

Ele está tapando o olho com a mão e Rafael continua ali, dando a impressão de que quer bater nele de novo. Mas recua assim que Bruna vem correndo ver a cena. Ela olha de Rafael para Arthur, chocada, como se isto não fosse típico dos dois. E torna toda esta cena ainda mais confusa. Não tenho irmãos, mas, pelo que sei, eles se batem o tempo todo. Porém, pela reação de Bruna, não é o que acontece nesta casa. Provavelmente ela vai começar a chorar a qualquer minuto.

— Você bateu nele? — pergunta ela a Rafael.

Por uma fração de segundo, Rafael parece envergonhado, como se quisesse se desculpar. Mas depois bufa e volta sua atenção a Arthur.

— Você mereceu — diz ele, saindo do corredor. — Você mereceu, porra

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Arthur Ramos
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Estamos no banheiro e fico encostado na bancada enquanto ela passa uma toalha de rosto molhada no meu olho, limpando o sangue.


Não acredito que Rafa me bateu na frente dela. Estou muito irritado e tentando relaxar, mas está difícil. Ainda mais com ela espremida no banheiro comigo desse jeito, tocando meu rosto com a ponta dos dedos.

— Quer falar sobre isso?

Ela pega um Band-Aid e o abre.

— Não.

Ela pressiona o Band-Aid no meu rosto e o alisa.

— Devo ficar preocupada?

Ela joga o papel na lixeira e coloca a toalha de rosto na pia.

Encaro o espelho e passo o dedo no inchaço em volta do olho.

— Não, Carol. Você nunca deve ficar preocupada quando se trata de mim. Nem de Rafa, aliás.

Ainda não consigo acreditar que ele me bateu. Durante toda a vida, ele nunca tinha me batido. Chegou muito perto disso uma ou duas vezes. Ou ele está muito estressado com o casamento, ou desta vez eu o irritei de verdade.

— A gente pode sair daqui? — pergunto.

Ela dá de ombros.

— Acho que sim. Aonde quer ir?

— Aonde você for.

Apenas ver o sorriso dela já alivia grande parte da minha tensão.

— Tive uma ideia — diz ela.

The Date~Volsher Adaptation~Onde histórias criam vida. Descubra agora