If It Could've Been Me

- the one.

*Essa oneshot foi criada para uma gincana no Twitter, e o objetivo é ganhar a maior quantidade de estrelinhas, então se você leu e gostou não esqueça de favoritar e compartilhar! 😊

Muitas pessoas acreditam em almas gêmeas, mas não Samantha. Quer dizer, ela acreditava sim em amor, seus pais eram a prova disso, mas não em alma gêmeas. Aquilo de alguém feito pra você e que combinasse em vários aspectos soava mais como uma história criada para se aproveitar de bobos no dia dos namorados. Mas, se alguém perguntasse a Sam de um ano atrás quem era sua alma gêmea, era provável que seu primeiro pensamento fosse Miguel.

Os dois tinham o Relacionamento Perfeito. Sua mãe o adorava, seu pai o considerava "agradável" (o que para ele era um grande elogio) e até seu irmão mais novo, Anthony, gostava de Miguel, e olha que estava numa fase revoltada onde a única pessoa com quem simpatizava era seu melhor amigo com quem
passava o dia todo jogando vídeo game.

A família do garoto era do mesmo jeito. Sua mãe adorava passar longas horas conversando com a garota, e se dependesse da abuelita dele Sam poderia passar o tempo todo na casa deles.

Por isso, dizer que quando eles terminaram foi uma surpresa para todos seria uma eufemia. Foi um choque, e alguns até pensaram que era uma pegadinha. Não existia uma pessoa que os conhecia que não tinha pensado que os dois iriam casar, ter dois filhos e um cachorro. Honestamente, até Sam pensava isso.

O namoro dos dois fora algo simples, fácil, eles se sentiam seguros perto um do outro e gostavam das mesmas coisas. Quando se conheceram, ficaram amigos no mesmo instante e foi igualmente rápido para se apaixonarem. Mas com o passar do tempo os horários deles foram apertando, eles se viam cada vez menos, se sentiam atolados com a faculdade e o relacionamento foi perdendo a força. Sam ficou arrasada nas primeiras semanas e sentia falta do garoto, mas não havia muito o que fazer.

~

Já tinham se passado exatos 455 dias desde o término. Samantha estava no terceiro ano de sua faculdade, e estava comemorando o quinto mês morando em San Francisco. Depois do término, ela decidiu que queria testar coisas novas e se transferiu para uma faculdade em outra cidade. Voltou a fazer Karatê, algo que tinha parado depois que terminou o ensino médio, e começou a pintar (tinha que admitir, ela era bem ruim em pintura, mas gostava da atividade e não iria parar.) Sam tinha feito duas amigas na faculdade, Molly e Jules, e era com elas que estava indo jantar hoje para comemorar o aniversário de uma delas.

A garota estava sentada no ponto de ônibus quando viu um cabelo castanho que estava bem familiarizada. Sam paralisou na hora. Não podia ser, podia? Não fazia o menor sentido ele estar em São Francisco... né?

Apertou os olhos em uma tentativa de ver melhor, e com uma leve decepção percebeu que não era Miguel parado no ponto de ônibus que ela sempre pegava. Balançando a cabeça tentando espantar o garoto dos pensamentos, entrou no ônibus e mandou uma mensagem para as amigas avisando que estava a caminho.

Apesar das tentativas, não conseguiu tirar Miguel da cabeça. Sam já tinha superado, tinha mesmo. Tinha até saído com outras pessoas, mas nada muito sério. Ficou sabendo que Miguel tinha arranjado uma namorada chamada Betty, e que tinham terminado pouco tempo depois. Ela desejava tudo de bom para o garoto, esperava que ele estivesse fazendo coisas legais, que continuasse no karatê assim como ela, que estivesse indo bem na faculdade. Sam já tinha se conformado que uma parte dela ainda amava ele, e talvez sempre fosse ser assim. Miguel fora seu primeiro amor e por isso sempre teria uma parte especial em seu coração.

Quando as coisas apertavam, tinha que resistir à tentação de se perguntar "e se algo tivesse sido diferente? E se ele tivesse sido o cara certo? Como estaria a vida dela?

Mas talvez fosse para ser assim. Sam queria que as coisas tivessem dado certo para eles e sabia que o garoto sentia o mesmo. Mas infelizmente as coisas não tinham dado certo, e tudo que a garota sentia era gratidão por ter sentido um dia um amor tão puro.