V - Outono de 2000

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Dois anos depois

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Dois anos depois...


Rafael


Nossos pais tinham resolvido passar a virada do ano pela primeira vez juntos. Sempre combinávamos, mas nunca dava certo. Mas esse ano deu. E eu não poderia estar mais feliz com isso.

Novo milênio, tudo novo, e agora que eu tinha completado 18 anos, ia ser muito irado.

Finalmente, depois de todo esse tempo eu consegui controlar os meus sentimentos pela minha desastrada. Chamá-la de minha desastrada não despertou a confiança de vocês não foi?

Tiramos a nossa carteira de motorista juntos, e ela ganhou um carro de presente. Preferi que o meu carro de presente fosse convertido em dinheiro, assim, eu já teria uma quantidade legal de grana, quero me estabilizar, sair da casa dos meus pais, ter a minha própria vida, e ter essa grana era um grande passo que eu dava para a minha independência.

A casa de praia era incrível. Grande e bem localizada. Não precisávamos pegar o carro para irmos para a praia, mercado ou qualquer evento. A casa ficava no centro de tudo.

Tinha um quarto só para mim e um só para a Isa.

Chegamos na praia no dia 30 e passei o dia inteiro com a Isa na praia, porque nas palavras dela, tinha que pegar o bronzeado do sucesso... Por isso tive que colocar uma bermuda, camiseta e não menos importante os meus óculos escuros.

Passar o dia ao lado dela de biquíni foi uma tarefa difícil. As curvas dela ficaram mais sinuosas e ela tinha uns dos corpos mais perfeitos que eu já tinha pousado o olho. Mas como o amigo que eu era dela, não podia dar sinais de satisfação...

– E então? Como está o meu bronzeado? – ela pergunta, depois de voltar de um mergulho, sentando ao meu lado. Ela me mostra os braços contente. Não sei se eu conseguia ver alguma diferença, mas se ela via então...

– Não via nada de errado com a cor de antes – dou de ombros e antes que eu fique tempo demais olhando o seu corpo, eu deito de costas em cima da minha camisa que eu tinha retirado.

– Mas agora ela está mais bonita não está? – ela pega seus óculos escuros e os coloca.

– Está sim Isa – fecho os olhos e tento não me concentrar no modo como a água salgada brilhava em sua pele, ficando muito tentadora.

– Você não está nem olhando – ela dá uma risada e se deita ao meu lado, descansando a sua cabeça no meu peito. Nem me importo por ela estar com o cabelo pingando por todo o meu peito.

– Mas sei como você fica feliz quando está bronzeada, logo, mais bonita – não penso direito e as palavras já saíram.

– Obrigada – dá para ouvir o sorriso em sua voz.

Outonos MeusOnde histórias criam vida. Descubra agora