37 - Um Pedido De Ajuda

3.8K 387 117
                                    

Três semanas depois...

Acordo ouvindo sons do quarto de vovó, olho para a janela e vejo a luz do sol aparecendo. Desci da cama, e caminhei em passos rápidos até lá, abri a porta e as duas não estavam na cama, escutei o mesmo som novamente.

Me teleportei para a entrada do banheiro, e vi mamãe vomitando, vovó fazendo massagem nas costas dela, e segurando seu cabelo. Mamãe terminou, lavou a boca e escovou os dentes.

- Mamãe..?

Minha mãe olhou para mim assustada, juntamente vovó.

- O que houve? - Pergunto a olhando terminar de lavar a boca.

- Como conseguiu ouvir? - Vovó franziu a testa.

- A audição dela é igual do Wise. Um quarto aprova de som não é nada para ele, ou ela. - Explicou com a respiração um pouco ofegante.

- Ah sim...

- Me respondam! - Peço cruzando os braços.

- A mamãe está.. - A mesma colocou a mão sobre a testa, e fechou os olhos - ... Um pouco doente.. Mas logo vou ficar bem!

- Quando começou com isso? - Pergunto a observando.

- Não precisa se preocupar. - Falou ela sorrindo gentil, vovó a ajudou voltar para o quarto e se sentar na cama.

- Preciso sim. E também.. Ele me pediu isso...

- Pediu..?

- Sim... Ele me pediu para cuidar da senhora e das meninas.. Em um sonho.

- Sonho? Você conseguiu falar com ele? - Mamãe não ficou surpresa, não era o que eu esperava...

- Sim...

Mamãe ri com fraqueza.

- Eu já imaginava isso... Ele está bem?

- Sim.

- Certo, estou bem. Só com esses enjôos, mas a mamãe vai ficar bem, okay?

- Okay. - Bocejo fechando os olhos.

- Volte a dormir, minha pequena. - Fez carinho em meu cabelo.

- Tá bom. Melhoras, mamãe. - Lhe dei um beijo em sua bochecha, e ela fez o mesmo em mim.

Voltei para o quarto, deitei, retirei a pequena tartaruga debaixo do travesseiro, e fiquei a observando até pegar no sono novamente.









Flashback.

Um Dia Antes.

Apareci naquela sala branca novamente, a mesma que vi o senhor Targh pela primeira vez em sonho.

Fiquei balançando meus pés enquanto estava sentada na cama, observava minhas meias sem par; uma listrada, e outra só branca.

E senti a presença dele. Ergui meu rosto, vendo-o dando passos em minha direção. Sorri animada e corri até ele o abraçando.

- É o senhor mesmo! - Digo sentindo o cheirinho de algodão doce dele.

- Quem mais seria? - Perguntou bagunçando meu cabelo.

- Fiquei com saudades!

- Tá, tá...

- Eu tenho muita coisa para contar!

- Uou.. Sério?

- Sim! E eu fiz quatorze anos nesses dias! - Então percebi o sorriso cansado dele - O senhor está bem?

𝐴 𝑃𝑟𝑖𝑠𝑖𝑜𝑛𝑒𝑖𝑟𝑎 𝐷𝑎 𝐶𝑜𝑖𝑠𝑎 | IT A COISA +18Onde histórias criam vida. Descubra agora