PARTO

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OI MEUS CACTOOOOOOOS
esse capítulo está uma montanha russa. Se preparem, ok?
E vamos de fazer um parto.
COMENTEEEEEEEEEEEM

POV SARAH ANDRADE

- Sim. Sarah. Juliette pode dar a luz um pouco mais rápido. - A doutora disse e senti minha garganta apertar.

- Rápido.. quanto?

- A qualquer momento. - Ela dizia tão calmamente, como se aquilo não fosse apavorante. - Sarah, você precisa estar preparada, ok? Os bebês estão bem aparentemente. Nós estamos fazendo de tudo para que Juliette fique também, mas isso é mais complicado. Nós estamos cuidando dela agora. Você só tem que manter a calma e esperar. Eu preciso que você passe tranquilidade pra ela. Você é a pessoa mais importante nisso. Qualquer coisa que der errado, você tem que estar lá para acalma-la.

- Tudo bem. - Respirei fortemente. Toda aquela responsabilidade estava me deixando louca. Era muita pressão em mim. - Eu quero estar lá quando eles nascerem.

- Você vai estar lá, pode ter certeza. - Ela disse tocando meu braço e eu assenti. Respirei fundo, tentando ao máximo conter a minha vontade de socar a cara de todos ali e entrar correndo dentro daquele quarto pra ficar perto da minha esposa. A doutora estava certa, mesmo que eu achasse um absurdo me pedir calma com tudo aquilo que estava acontecendo com Juliette.

- E agora?

- Agora, espere. Vamos te manter informada. Nós vamos fazer de tudo pra salvar Juliette e os bebês.- A doutora disse e me deu as costas entrando no corredor. Por que ela estava falando aquilo? Aquilo era grave, muito grave. Algo ali estava muito errado, mas eu não conseguia entender. Eu estava com medo. Já não conseguia controlar meu choro. Eu estava sozinha, mais um vez. Era muita informação para mim, minha cabeça parecia que ia explodir e meu olhos iriam estourar de tantas lágrimas. Mas eu não podia fazer nada além de esperar enquanto estavam fazendo algo com Juliette lá dentro, e eu só podia torcer pra dar tudo certo.

...

- Meu Deus, sai - Juliette resmungou falando com sua própria barriga. - Sai, sai, sai logo dai, sai.

- Meu Deus, que diabo é isso?

- Não fala comigo. - Juliette falou me tacando um travesseiro pelo segunda vez.

- Por que você tá assim? - Perguntei calmamente, tentando não perder a paciência, pois aquela era a terceira vez no dia que ela ficava emburrada comigo do nada.

Infelizmente ainda estávamos naquele hospital, e eu ainda era atormentada com os sustos dos "alarmes falsos" que os bebês davam. A doutora optou por não forçar um parto, pois havia risco do pulmão dos bebês não estarem totalmente formados. Estavam segurando o máximo que podiam.

A essa altura eu já estava sobrevivendo na base dos calmantes. Era muito susto, muito estresse, muita dor de cabeça. Estava realmente difícil aguentar tudo aquilo. Mas eu sabia que isso iria resultar em algo bom, e esse "algo" me deixava muito feliz e me motivava a não enlouquecer.

Era difícil ser paciente o tempo todo, principalmente quando Juliette tinha suas crises de bipolaridade e passava a odiar minha presença de uma hora para outra. Ou quando começava a chorar por não estar feliz pelas mudanças que seu corpo estava tendo. A essa altura ela já estava completamente transformada. Sua barriga estava bem maior, assim como seus seios, coxas. Ela estava odiando, mas eu a achava cada dia mais linda.

Ela se estressava sem ter motivo algum, e as vezes o melhor era coloca-la para dormir, pois esse estresse todo era o maior motivo de tudo aquilo que acontecia com ela. Eu a entendia, sabia que estava sendo mais difícil pra ela do que pra qualquer um. Então eu não me importava, em certos momentos até achava engraçado a forma em que ela era amável em um momento e completamente psicopata no outro.

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