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" Caminhos que são traçados pelo destino que não queríamos. Sonhos que mudamos de direção quando algo não está tão claro. " ---- Luna Valente

O reflexo solar estava batendo em minha janela quando finalmente o relógio veio a despertar. Era estranho, pois eu estava acostumada acordar com os galos cantando perto da minha janela na fazenda do mexico e aqui,tudo é mais "elétrico?" , essa seria a definição que eu poderia dar a tanta tecnologia que tinha nessa casa? Não sei.
Levantei finalmente para me arrumar. Seria o meu primeiro dia de aula em uma escola particular,onde praticamente eu não conhecia ninguém.  Se eu estava com medo? Não tanto. Confiante? Nenhum pouco tambem. Eu simplesmente ja tinha passado por cada coisa, que de verdade,nada mais fazia diferença.  
Entrei no banheiro para fazer minha higiene matinal, coloquei meu uniforme e fiquei basicamente meia hora tentando colocar aquela praga que se chama gravata. Eu simplesmente achava que gravata era para garotos, mas no Blake, a escola que eu estava indo pela primeira vez,tinha várias regras e essa era uma delas. 
Ao terminar de me arrumar, finalmente desço as escadas e deparo com meu avô na sala de jantar tomando café .

---- minha netinha, como está linda. -- Ele me olhava com um sorriso no rosto tão mais tão grande, que eu consegui pela primeira vez entender oque é amar alguém sem nem menos conhecer. O amor biológico.  
--- oi vovô, obrigada. E desculpa por estar atrasada. -- Arrumo finalmente minhas coisas na mochila e dou um abraço e um beijo no rosto de Alfredo e saio em direção ao carro para ir a caminho do colégio.  

Era tudo diferente, mas não estava sendo tão ruim

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Era tudo diferente, mas não estava sendo tão ruim. Era basicamente a primeira vez que eu ia para escola de carro e eu estava amando. 
Sabia que nada seria tão facil, principalmente esconder meu sotaque "caipira", porque afinal, eu era uma menina que desde os 3 anos morava numa fazenda. Mas eu estava ali pra tentar mudar e ser uma nova luna. 
O sinal bateu justamente no mesmo momento em que o carro parou enfrente ao portao. Sai correndo sem nem saber oque estava fazendo ou pra onde estava indo ate que sem querer tropeço em alguém.

 Sai correndo sem nem saber oque estava fazendo ou pra onde estava indo ate que sem querer tropeço em alguém

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---- Calma ai menina, onde vai com tanta pressa? É só um sinal. - Meus olhos arregalaram quando eu o vi pela primeira vez e eu meio que não sabia nem oque dizer. Tentei me levantar e arrumar a saia do uniforme, ja que não queria que ninguem visse algo que tinha embaixo (tipo minha calcinha de ursinhos risos).
--- me me desculpe. Eu apenas tropecei. Ele me ajudou a pegar meus livros que havia caido e sorriu para mim. --- Sou matteo e você? Olhei fixamente para os olhos dele e sorri ao pegar os livros de suas mãos.  --- Luna Valente. 
--- Bem vinda ao Blake. Como eu nunca te vi por aqui,creio eu que seja aluna nova. Acertei? // matteo
---- Acertou sim. Faz basicamente um mês desde que me mudei pra Buenos Aires. Aliás, que colégio enorme.  Falei admirando a frente do Colegio que eu ainda não tinha reparado antes de tropeçar. 
--- Se precisar de mim, só chamar. Agora preciso ir, antes que minha namorada venha e me puxe pelos cabelos.  Sabe,meio ciumenta e tal. 
Ele começou a rir e foi andando para dentro do blake. Notei que encontrou um rapaz e entraram na sala 212B,ou seja, ele era mais velho e não seriamos da mesma turma, oque era uma pena, pois gostaria de conhecer alguém melhor ali.
Olhei o papel que estava os horarios da turma do primeiro ano e entrei na sala 214B. A sala estava cheia e só tinha um lugar sobrando,ou seja,sem direito de escolhas senhorita Luna Valente. Falei com meu próprio pensamento.  
--- É... oi. Você é nova aqui? Escutei uma voz do meu lado meio que sussurrando e notei a menina de cabelos castanhos que estava ao meu lado. ---Sou sim. Sorri de canto para ela e finalmente ela se achegou. --- eu sou Nina, tecnicamente eu não deveria ter dito meu nome assim do nada,mas há uma probabilidade de 90% de eu não conseguir falar mais nada depois se não começar dessa forma. 
--- okay, eu sou Luna.  Calma,respira Nina que ta tudo bem. Comecei a rir com ela e logo conheci a Jim e a Yam,duas meninas que não paravam de falar no fundo da classe e que estavam prestes a parar na detenção e me levar junto justo no primeiro dia de aula de tanto que não paravam de falar. 
O segundo sinal tocou,dai reparei que era a hora do intervalo. Fiquei amiga de Nina desde aquele lance de probabilidade que na real eu não entendi foi nada,mas tudo bem. 
Pegamos nossos lanches e fomos para fora do blake onde tinha mesas espalhadas por todo o lugar. Sentamos juntas em uma mesa perto de uma arvore,bem no canto para que ninguém nos notasse,mas dali dava para ver ele,Matteo Balsano,que provavelmente era o mais popular daquele lugar. 
Ele estava sentado na mesa central com uma garota loira,uma ruiva e uma morena e ao lado da morena tinha aquele mesmo cara que vi entrando com ele no início da aula.  
--- Conhece ele Nina? Sussurrei bem baixinho pra que somente ela escutasse,ja que provavelmente Jim ou Yam apareceriam e eu não queria que o caso fosse espalhado. 
--- Matteo Balsano? Ele é só o melhor cara do Blake. Jogador principal de basquete, namorado de Ambar, a garota mais popular da escola,o melhor cantor, o queridinho do diretor, oque apronta todas e nunca fica na detenção.  Bem,conheço por fora. Quer dizer, ele nunca se quer me disse um oi aqui, ta sempre ocupado com os populares. Mas,porque??? 
--- Ah seila. Queria apenas saber. -- Na verdade eu estava ja caidinha. Amor a primeira vista? Não sei se isso existe,mas o cara tinha charme. Não que eu ia falar disso pra Nina logo de primeira, então disfarcei. ---só perguntei porque ele me ajudou hoje na entrada e eu achei ele um cara legal apenas,nada mais..
Nina abriu dois livros de romance encima da mesa e enquanto comia seu lanche,saiu procurando umas páginas sabe se lá pra que,ja que era o primeiro dia de aula ainda. 
--- Na pagina 30 do 2 capitulo desse livro, fala que existe chance de uma pessoa se apaixonar por outra sem se quer falarem algo de interessante.  -- Ela fecha o livro um pouco preocupada e olha nos meus olhos. --- mas as vezes,é melhor a gente ignorar essa pagina do livro, porque Matteo é mulherengo demais Luna. 
O sinal tocou e voltamos para a aula estudar história.  Eu de verdade ja não aguentava mais. Queria ir para casa,queria voltar pro mexico e bem,eu estava com saudades dos meus pais. Eu nao tinha contado a ninguém ainda do blake oque tinha acontecido,porque eu queria tentar recomeçar e nem pra Nina disse, mas na verdade, não contei a ela porque somente uma pessoa passava na minha cabeça.  MATTEO BALSANO. 
Finalmente a aula acabou e eu precisava dar uma volta e refletir,pensar em tudo. Liguei para meu avô e avisei que iria a pé para a casa para conhecer um pouco a argentina.  Me despedi de Nina enfrente ao portao da escola e fui caminhando,seguindo os passos que lembrava quando vim ao blake de carro naquela manhã.  
O sol estava um pouco forte,afinal,já era meio dia e normalmente nesse horário,é comum. Comecei a caminhar um pouco mais rapido ate que escuto passos e uma voz ao fundo.
--- Ei, ei,espera. --- Como não reconheci a voz,acelerei ainda mais meus passos ate que escutei alguém chamar pelo meu nome e parei. Assim que me virei,notei que era ele,matteo. 
--- oque houve matteo? Aconteceu alguma coisa? Olhei para ele e me fiz de desentendida ou que estava super normal em falar com ele,ja que qualquer garota ali morreria para andar ou ate mesmo dizer oi para ele ali. --- nada,não foi nada não.  Só queria seila,te fazer companhia,ja que voce é nova na cidade. 
Meu coração acelerou e eu quase que fiquei sem ar,mas tentei manter a calma. Caminhamos umas duas quadras em silêncio ate que chegamos em uma praça e ele me pediu pra sentarmos ja que tínhamos caminhado muito. 
Sentamos em um banco da praça e ele se aproximou de mim. Eu não tive muita reação a isso. Nunca na vida tinha chegado tão próximo de alguém como estava naquele momento. Passamos uns 30minutos conversando sobre a vida. Sobre a morte de meus pais ,sobre os pais dele e tudo que viesse na nossa cabeca naquele momento e tudo oque a Nina tinha dito dele,parecia ser mentira ou pelo menos comigo,ele era tudo ao contrário.  Me deixei levar ate que no momento em que estávamos mais próximos, ele selou seus labios nos meus. Ele parecia triste ou com pena das coisas que disse sobre oque acontrceu com meus pais e aquele beijo foi uma mistura de desespero, tristeza. Era meu primeiro beijo, eu não sabia se era amor,mas tinha algo acontecendo ali.  Eu nao entendia e talvez nem ele. Dois desconhecidos que acabaram de falar meias palavras um para o outro e tudo acabou assim,  em um beijo na praça. Quer dizer,não acabou,foi apenas o começo de tudo que poderia vir.

Ps: continuo ou paro?  

És el amor - Lutteo Onde histórias criam vida. Descubra agora