49_ Genro.

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Rain Miller

... - Tinha câmeras. - Confessou o Marcus e eu olhei assustada pra ele.

- Aonde tinha câmeras? - Perguntei.

- Em todo lugar... - Respondeu envergonhado.

- Na sala de música também? - Questionei.

Agora eu posso dizer que já fiz pornô.

- As câmeras da sala de música estavam quebradas, por isso eu te levei lá. - Sorriu.

- Que pena que a sua mãe não vai ver uma gostosa transando... - Sussurrei e o Marcus riu.

- O problema, é que, as outras câmeras continuam funcionando. As dos corredores, biblioteca, refeitório, e do escritório da minha mãe. - Explicou.

- Então a sua mãe me viu quase chupando o seu pau? - Ri.

- Provavelmente... - Sussurrou envergonhado.

Eu ri negando com a cabeça e o Marcus voltou a falar.

- Mas as últimas gravações das câmeras... - Olhou pra mim tenso.

- Foi a Alaris. - Me apressei a contar.

- A Alaris? - Arregalou os olhos em choque.

- Ela me contou tudo depois de eu ter sido expulsa, ela falou que foi uma grande piada apenas... - Esclareci e o Marcus apertou o olhar abaixando a cabeça.

- Eu queria poder dizer que estou surpreso. - Comentou e eu passei a mão no cabelo dele de um jeito carinhoso.

- Ela me contou. - Confessei e levantou o rosto pra me encarar. - Eu sinto muito.

- O professor de matemática tá revirando a escola por sua causa. - Mudou de assunto com um sorriso.

- Quê? - Perguntei confusa e desacreditada.

- Eu acho que só ontem, ele foi umas 7 vezes no escritório improvisado da minha mãe, pedindo pra ela investigar mais sobre esse pequeno incêndio. A minha mãe decidiu checar as câmeras de segurança antes do escritório ter ficado em chamas. E pra ser sincero, é por isso que eu to aqui. A formatura é daqui a dois dias.

- Não vai dar tempo de resolver tudo. - Protestei.

- As imagens vão sair amanhã. - Retrucou abrindo um sorriso.

O meu coração estava acelerado e o meu olhar estava confuso.

Ainda tinha esperança.

- VOCÊS NÃO TÃO TRANSANDO, NÉ? - Escutei o meu pai gritar na porta.

Pulei do colo do Marcus e puxei a camiseta dele que estava no chão, e entreguei pra ele, logo em seguida.

- Sai da porta, porra. - Escutamos a voz da minha mãe e um tapa que provavelmente deixou o meu pai cego e surdo.

O Marcus vestiu a camiseta com um sorriso e se levantou da cama.

Sai do quarto com um sorriso amarelo, sendo seguida pelo Marcus e encontrei o meu pai na porta junto da minha mãe.

- Por que a tua camiseta tá do avesso? - Perguntou o meu pai com raiva, olhando para o Marcus.

- Mas não tá... - Falou o Marcus baixinho analisando a camiseta.

- Se tu sabia que não tava, olhou por quê? - Questionou o meu pai com ainda mais raiva.

O Marcus congelou arregalando os olhos e eu cobri a minha boca desesperada.

- Eu to indo pegar a minha arma. - Avisou o meu pai que saiu andando.

- Vai pegar o caralho. - Falou a minha mãe indo atrás dele brava.

- Eu vou encher a buceta desse moleque de bala. - Ameaçou o meu pai.

- Socorro... - Sussurrou o Marcus em pânico segurando na minha porta pra não cair duro no chão.

O meu pai não tem nem arma...

- Fica quieto! - Mandou a minha mãe com ódio.

- Ou o quê? - Provocou o meu pai e a gente ouviu um tapa alto.

- Eu vou ligar pra tua mãe! - Ameaçou a minha mãe.

- Ai amor, desculpa... - O meu pai falou.

- Vou enfiar vidro e cloro na tua comida, desgraçado. - Ameaçou ela.

- Eu juro que eles são normais. - Falei olhando pro Marcus que me encarava assustado.

Os meus pais apareceram na nossa frente e o Marcus engoliu seco do meu lado.

- Eu acho que eu já vou... - Decidiu ele com um sorriso assustado no rosto.

- Vai com o diabo, porquê só fica com Deus quando eu to do lado. - Disse o meu pai.

- Você é ateu... - Olhei confusa pra ele.

- Te vejo na formatura, Rain. - Falou o Marcus me abraçando pela cintura. - Até mais, senhora e senhor Miller. - Se despediu.

Eu olhei brava e confusa, assim que o Marcus saiu, para os meus pais e eles apenas abriram um sorriso enorme.

- Gostou da nossa atuação? - Perguntou a minha mãe e eu apertei os olhos em confusão.

- Eu fiquei com o braço todo vermelho de apanhar... - Reclamou o meu pai.

- Eu não brinquei quando falei que ia colocar veneno na tua comida. - Se virou a minha mãe brava.

- Você falou que ia bota vidro e cloro. - Lembrou o meu pai. - Memória de peixe, até parece o meu sapato. - Brincou ele sorrindo.

- Tá me dando mais ideias, Valdinho? - Ameaçou a minha mãe pegando o chinelo rosa dela.

- Eu vou tomar um banho, nem é sábado mas eu to fedendo... - Menti com um sorriso amarelo tentando me afastar dos doidos.

- Espera aí mocinha, que história era aquela de formatura? - Perguntou a minha mãe enquanto pegava o meu pai pela orelha.

- Eu falei que não coloquei fogo naquela diretoria. - Mencionei e a minha mãe largou o ouvido do meu pai com os olhos arregalados.

- A gente vai fazer um bolo. - Contou animada com um sorriso.

- Por quê? - Questionei confusa.

- Porque você não incendiou um escritório, isso é uma conquista! - Indagou a minha mãe entrando na cozinha junto do meu pai enquanto festejavam.

- E além do mais, a gente conheceu o nosso genro hoje. - Acrescentou o meu pai com um sorriso bobo.

- Genro? - Perguntei em choque.

continua...

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qnd tiver 12.222 comentários eu posto o próximo cap ainda hj

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