Rain Miller
... - Tinha câmeras. - Confessou o Marcus e eu olhei assustada pra ele.
- Aonde tinha câmeras? - Perguntei.
- Em todo lugar... - Respondeu envergonhado.
- Na sala de música também? - Questionei.
Agora eu posso dizer que já fiz pornô.
- As câmeras da sala de música estavam quebradas, por isso eu te levei lá. - Sorriu.
- Que pena que a sua mãe não vai ver uma gostosa transando... - Sussurrei e o Marcus riu.
- O problema, é que, as outras câmeras continuam funcionando. As dos corredores, biblioteca, refeitório, e do escritório da minha mãe. - Explicou.
- Então a sua mãe me viu quase chupando o seu pau? - Ri.
- Provavelmente... - Sussurrou envergonhado.
Eu ri negando com a cabeça e o Marcus voltou a falar.
- Mas as últimas gravações das câmeras... - Olhou pra mim tenso.
- Foi a Alaris. - Me apressei a contar.
- A Alaris? - Arregalou os olhos em choque.
- Ela me contou tudo depois de eu ter sido expulsa, ela falou que foi uma grande piada apenas... - Esclareci e o Marcus apertou o olhar abaixando a cabeça.
- Eu queria poder dizer que estou surpreso. - Comentou e eu passei a mão no cabelo dele de um jeito carinhoso.
- Ela me contou. - Confessei e levantou o rosto pra me encarar. - Eu sinto muito.
- O professor de matemática tá revirando a escola por sua causa. - Mudou de assunto com um sorriso.
- Quê? - Perguntei confusa e desacreditada.
- Eu acho que só ontem, ele foi umas 7 vezes no escritório improvisado da minha mãe, pedindo pra ela investigar mais sobre esse pequeno incêndio. A minha mãe decidiu checar as câmeras de segurança antes do escritório ter ficado em chamas. E pra ser sincero, é por isso que eu to aqui. A formatura é daqui a dois dias.
- Não vai dar tempo de resolver tudo. - Protestei.
- As imagens vão sair amanhã. - Retrucou abrindo um sorriso.
O meu coração estava acelerado e o meu olhar estava confuso.
Ainda tinha esperança.
- VOCÊS NÃO TÃO TRANSANDO, NÉ? - Escutei o meu pai gritar na porta.
Pulei do colo do Marcus e puxei a camiseta dele que estava no chão, e entreguei pra ele, logo em seguida.
- Sai da porta, porra. - Escutamos a voz da minha mãe e um tapa que provavelmente deixou o meu pai cego e surdo.
O Marcus vestiu a camiseta com um sorriso e se levantou da cama.
Sai do quarto com um sorriso amarelo, sendo seguida pelo Marcus e encontrei o meu pai na porta junto da minha mãe.
- Por que a tua camiseta tá do avesso? - Perguntou o meu pai com raiva, olhando para o Marcus.
- Mas não tá... - Falou o Marcus baixinho analisando a camiseta.
- Se tu sabia que não tava, olhou por quê? - Questionou o meu pai com ainda mais raiva.
O Marcus congelou arregalando os olhos e eu cobri a minha boca desesperada.
- Eu to indo pegar a minha arma. - Avisou o meu pai que saiu andando.
- Vai pegar o caralho. - Falou a minha mãe indo atrás dele brava.
- Eu vou encher a buceta desse moleque de bala. - Ameaçou o meu pai.
- Socorro... - Sussurrou o Marcus em pânico segurando na minha porta pra não cair duro no chão.
O meu pai não tem nem arma...
- Fica quieto! - Mandou a minha mãe com ódio.
- Ou o quê? - Provocou o meu pai e a gente ouviu um tapa alto.
- Eu vou ligar pra tua mãe! - Ameaçou a minha mãe.
- Ai amor, desculpa... - O meu pai falou.
- Vou enfiar vidro e cloro na tua comida, desgraçado. - Ameaçou ela.
- Eu juro que eles são normais. - Falei olhando pro Marcus que me encarava assustado.
Os meus pais apareceram na nossa frente e o Marcus engoliu seco do meu lado.
- Eu acho que eu já vou... - Decidiu ele com um sorriso assustado no rosto.
- Vai com o diabo, porquê só fica com Deus quando eu to do lado. - Disse o meu pai.
- Você é ateu... - Olhei confusa pra ele.
- Te vejo na formatura, Rain. - Falou o Marcus me abraçando pela cintura. - Até mais, senhora e senhor Miller. - Se despediu.
Eu olhei brava e confusa, assim que o Marcus saiu, para os meus pais e eles apenas abriram um sorriso enorme.
- Gostou da nossa atuação? - Perguntou a minha mãe e eu apertei os olhos em confusão.
- Eu fiquei com o braço todo vermelho de apanhar... - Reclamou o meu pai.
- Eu não brinquei quando falei que ia colocar veneno na tua comida. - Se virou a minha mãe brava.
- Você falou que ia bota vidro e cloro. - Lembrou o meu pai. - Memória de peixe, até parece o meu sapato. - Brincou ele sorrindo.
- Tá me dando mais ideias, Valdinho? - Ameaçou a minha mãe pegando o chinelo rosa dela.
- Eu vou tomar um banho, nem é sábado mas eu to fedendo... - Menti com um sorriso amarelo tentando me afastar dos doidos.
- Espera aí mocinha, que história era aquela de formatura? - Perguntou a minha mãe enquanto pegava o meu pai pela orelha.
- Eu falei que não coloquei fogo naquela diretoria. - Mencionei e a minha mãe largou o ouvido do meu pai com os olhos arregalados.
- A gente vai fazer um bolo. - Contou animada com um sorriso.
- Por quê? - Questionei confusa.
- Porque você não incendiou um escritório, isso é uma conquista! - Indagou a minha mãe entrando na cozinha junto do meu pai enquanto festejavam.
- E além do mais, a gente conheceu o nosso genro hoje. - Acrescentou o meu pai com um sorriso bobo.
- Genro? - Perguntei em choque.
continua...
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qnd tiver 12.222 comentários eu posto o próximo cap ainda hj
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O Colégio Interno
Ficção AdolescenteRain Miller é uma garota problemática que sempre se envolve em qualquer encrenca possível. Ela vê seu mundo ficar de cabeça pra baixo, quando seus pais decidem colocar ela em um colégio interno, após Rain ter "acidentalmente" incendiado o escritório...