Não precisa ter medo

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Karol:Q-que? – ela olhou pra fora do carro começando a mexer sua mão frequentemente, estava nervosa.

Rugge; porque não temos mais chances de ficarmos juntos? – insisti e ela ficou calada, olhou pra cima, pude perceber a sua respiração pesada

. Depois de um tempo olhou pra mim e eu ainda esperava a resposta.

Karol: eu não quero falar disso Ruggero.

Rugge: mas eu quero.

Karol: por favor... – vi seus olhos brilharem, ela estava segurando o choro.

Rugge: karol... – eu não sabia o que falar. Claramente isso estava a deixando mal – desculpa

me ajeitei no banco,voltando a dirigir.

O clima naquele carro ficou péssimo, eu só queria sair dali. Só queria saber porque ela pensa isso, porque ficou assim... Ainda é por tudo o que aconteceu?

E o pior. Queria poder entender porque isso me afetou tanto.

Não é possível que eu ainda sinta coisas tão fortes por ela. 

Eu simplesmente estava me sentindo perdido.

Só se escutava a sua voz falando para onde eu deveria ir, o assunto morreu e eu não queria olhar pra ela, eu com certeza insistiria e a machucaria, então achei melhor evitar contato.

Karol: é alí – apontou e logo parei o carro na frente  observando a casa. Era muito bonita  - obrigada, até amanhã – saiu do carro.

Rugge: até... – vi ela dá a volta no carro e quando olhou pra mim, desviei o olhar.

Karol: Ruggero, por favor... – se aproximou da janela do carro – tenta me entender.

Rugge: vou tentar. – olhei pro volante.

Karol: ei – ela se apoiou na janela olhando pra mim – a última coisa que eu quero é ficar mal com você outra vez – olhei pra ela. – podemos esquecer isso? Por favor...

Rugge: tá, tá bom – ela deu um pequeno sorriso – até amanhã – e então ela foi pra casa e eu dirigi de volta pra República.

Não consegui pensar em outra coisa, eu queria que ela respondesse a minha pergunta, e sei que é difícil falar disso mas eu quero resolver.

Quero que deixe de ser difícil, porque se ainda incomoda, é porque não está totalmente resolvido. E eu não quero coisas mal resolvidas entre nós.

O resto da noite foi péssimo, eu mal dormi direito, Só pensava nela.

não tem nenhuma chance de ficarmos juntos de novo”

Será pra ela é tão ruim a ideia de sermos um casal novamente?

Por Karol:

Mica: que cara de acabada é essa em? -disse assim que entrei no carro e olhei pra ela.

Karol: não tive uma noite muito boa – encostei a cabeça no carro, fechando os olhos por um momento.

Mica: porque? – começou a dirigir.

Karol: tive um pesadelo muito estranho – olhei pra ela.

Mica: como foi? Você lembra?

Karol: eu lembro de pouca coisa. Era uma garotinha, pequena, devia ter 3 ou 4 anos, e ela gritava e chorava dentro de um carro. – senti meu coração acelerar só de lembrar o desespero da menina do meu sonho.

Mica: estranho. O que ela gritava?

Karol: eu não me lembro – tentei força na memória para ver se me lembrava do sonho mas não tive sucesso. – o sonho acabava quando alguém com uma roupa escura se aproximava da menina e do nada tudo se apagava – ela me olhou surpresa e um tanto assustada.

Amar tem suas consequênciasOnde histórias criam vida. Descubra agora