AUTISM (Concluída)

capítulo 63

The narrator's point of view.

— O que aconteceu? — Lauren perguntou a menininha sentada ao seu lado, Camila estava dormindo com a cabeça em seu ombro.

— Nada...

— Não tente mentir para mim querida.

— Estou com sono Lauren. — A menina respondeu em voz baixa.

— Você pode apoiar a cabeça em meu braço se desejar.

— Humrum.

Natalie apoiou a cabeça no corpo de Lauren, a mulher se sentia estranha por causa da forma como a menina havia a chamado, estava tão acostumada com ela a chamando de mãe que não imaginou que ouviria a mesma a chamar pelo seu nome. Durante toda viagem a menina se manteve acordada e em silêncio, ao chegarem no condomínio, foram para casa dos Jauregui’s, Lauren ajudou Camila com as malas das três e foram para os quartos, a cubana notou que a hispânica estava estranha, estava calada e com a mente em outro mundo, se aproximou de Lauren que estava desfazendo as malas e a abraçou por trás, pegando a mesma de surpresa.

— Achei que fosse descer amor... — Comentou em voz baixa.

— Eu vou Lolo... O que aconteceu? — Perguntou preocupada.

— Não é nada, amor, só estou um pouco cansada.

— Você tem certeza Lise?

— Tenho sim amor. — Camila deixou um beijo na bochecha da hispânica e desceu se encontrando com Normani e Dinah.

— Camila, onde está Laur?

— Está desfazendo as malas, eu me ofereci mas ela disse que poderia fazer sozinha, Mani. — Comentou se sentando.

— Vocês conversaram com a Natalie?

— Não, só a deixamos no quarto, por quê?

— Ela está achando que foi o pivô da briga de vocês e está triste por isso, Natalie nem queria vir.

— Mas a Lise conversou com ela.

— Parece que não funcionou muito.

A cubana se levantou sem falar nada, subiu os degraus com calma pensando em como resolveria esse problema, não sabia o que fazer e nem como conversar com sua filha, Camila entrou no quarto em que a menininha estava hospedada após desferir algumas batidas na porta, encontrou Natalie deitada em sua cama completamente encolhida, se aproximou da mesma e se sentou na cama em silêncio tentando tomar coragem para iniciar.

— Eu sei que está triste. — Começou. — E sei que está triste pelo que eu fiz ontem.

— cami...

— Me deixa continuar por favor. — Pediu sem olhar a menina. — Eu sou filha única, meu pai abandonou minha mãe quando descobriram que sou autista, ele decidiu criar outra família e ter um filha perfeita. — Confidenciou a menina que a olhou com curiosidade. — Por muitos anos minha mamãe fez de tudo para me deixar feliz, fez todos os meus caprichos e eu não sinto orgulho disso. Quando a Lise entrou em minha vida, ela avançou sinais que nem mesmo minha mãe ousava fazer, Lauren me tocava sempre que queria, ela tentava me fazer falar com ela porque eu não era tão comunicativa como agora. Uma noite minha mamãe escondeu minha ovelhinha de pelúcia, eu chorei, gritei e quebrei muita coisa em meu quarto por noites porque queria a minha Cindy, até que em uma noite a Lise tocou piano e isso me acalmou. Eu amo piano e foi assim que ela se aproximou bastante de mim. Depois que minha mamãe faleceu, a Lise começou a fazer de tudo para me ver feliz e você foi parte disso. Quando encontrei você, eu te quis tanto por perto porque estava projetando o amor que antes eu dava para minha mamãe em você, eu sabia que não poderia dá-lo a Lise porque o amor que eu sentiria por ela não seria mais o mesmo e eu não queria isso. Eu quero uma vida com ela, quero criar uma família com ela e deixar de amá-la significa abdicar de todos os meus planos, eu não sabia o que era amor até a Lise entrar em minha vida e me mostrar. — Fez uma longa pausa. — Ontem ela agiu certo em te negar o sorvete antes do jantar porque poderia te enche e você não iria comer o que realmente precisa para ficar saudável e crescer, eu agi feito uma menina mimada, a menina que foi mimada pela mãe e não foi certo. Me desculpe te fazer pensar que causou a briga entre a Lise e eu, quando na verdade foi eu quem causou tudo isso, não quero que volte para o orfanato, nem mesmo que deixe de nos amar como suas mães porque nós amamos muito você, todos já te amam muito.

— Me desculpa mamãe... — A menininha pediu abraçando a cubana. — Eu amo você!

— Eu também amo você Natalie. — Sussurrou segurando as próprias lágrimas, a morena ouviu a porta ser fechada. — Preciso ir falar com a sua mãe agora, desça para brincar com as suas tias.

— Tudo bem mamãe. — As duas saíram do quarto, Camila caminhou até o quarto em que estava hospedada. — Eu sei que ouviu Lise...

— Me desculpa...

— Obrigada por ter negado um pedido meu ontem e também por me ensinar que não posso ter tudo o que quero.

— Eu amo tanto você, Camz, que acabei fazendo o mesmo que sua mãe só para não te ver sofrer.

— Está tudo bem Lise. — Sorriu antes de deixar um beijo no ombro da mulher. — Podemos ir nos parques? — A menina perguntou animada. — Eu nunca fui para os parques da Disney, você já?

— Humrum, logo que me mudei. Meus pais compraram primeiro essa casa, todo fim de semana íamos para lá e depois nos mudamos para Miami.

— Oh, deve ser tão divertido Lise. Eu queria poder criar os nossos filhos aqui, passear com eles sempre e todo ano visitar os parques em época de Natal para eles sentirem a magia. Vejo as fotos todo ano e é tão lindo.

— É deslumbrante querida. — A hispânica derrubou sua noiva sobre a cama a fazendo liberar um gritinho assustada.

— O que está fazendo Lise? — Perguntou sorrindo, a mulher montou no quadril de Camila.

— Curtindo minha noiva doce, linda e sexy. — Camila sentiu suas bochechas arderem. — Você poderia vestir um biquíni, uh? Podemos ir para piscina e eu vou poder tocar cada pedacinho seu com delicadeza e muita safadeza. — A hispânica sussurrou contra o ouvido da cubana.

— Lise... — Sussurrou envergonhada, Camila sentiu a morena rebolar sobre seu quadril causando um atrito bom.

— Geme o meu nome amor, geme baixinho. — Pediu segurando os seios da menina e deslizando a língua pela pele quente. — Eu fico tão molhada perto de você, amor.

— Lise... — Gemeu baixo.

— Me toca amor, me faça gemer o seu nome uh.

Envergonhada Camila segurou nas coxas de sua noiva que se movia sem parar, o atrito causado levando as duas aos prazeres carnais enquanto a hispânica sugava a pele quente da menina sob seu corpo, Camila invadiu a saia de Lauren com suas mãos enquanto a sentia rebolar intensamente, seus dedos tocaram a renda da calcinha, estava úmida e quente, Lauren levantou a saia e afastou sua calcinha para o lado fazendo sua noiva tocar diretamente o seu nervo, a mais nova moveu os dedos pelo nervo sensível de Lauren a fazendo gemer baixo, os dedos se movendo em círculos estavam levando a hispânica ao delírio. A Cabello se surpreendeu ao sentir os dedos da hispânica em sua calcinha, afastou um pouco mais suas pernas dando espaço para mulher sobre seu quadril, a sentiu afastar sua calcinha e tocar seu nervo com os dedos habilidosos.

— Lolo a porta... — Murmurou.

— Tire a roupa. — A hispânica pediu se levantando, rapidamente trancou a porta do quarto e livrou o corpo da roupa. — Céus, eu não canso de te ver nua.

— Hum... — Grunhiu envergonhada, Lauren se aproximou da menina que estava de pé, Camila barrou a mais velha, se ajoelhou diante da mesma e deslizou sua língua pela fenda da intimidade da mais velha.

— C-Camila. — Engasgou-se surpresa com a atitude da menina, Lauren rapidamente a colocou de pé e a beijou.