𝗡𝗔𝗡𝗔𝗠𝗜'𝗦 𝗦𝗘𝗖𝗥𝗘𝗧 𝗪𝗜𝗙𝗘 | 𝖪𝖾𝗇𝗍𝗈 𝖭𝖺𝗇𝖺𝗆𝗂

Capítulo único

[Nome] olhou pela janela para a destruição perto de Shibuya da varanda do apartamento alto, aninhando-se na cadeira e olhando para aquele local achatado. A energia ainda estava cortada e, por estar no último andar de um prédio de 22 andares, ela não estava pensando em sair. Ela sabia que era melhor não sair quando via uma destruição como aquela. [Nome] não entendeu totalmente a extensão do que seu marido fez, não era como se ela pudesse vê-lo trabalhando. [Nome] entendeu o conceito de maldições, embora não tivesse a capacidade de vê-las sozinha. Ela sabia que eles se originavam do medo e do ódio, e também sabia que ele trabalhou duro para combatê-los... Para destruí-los... Para mantê-los seguro. [Nome] e seu futuro filho. Alisando a barriga, ela fez o possível para acalmar a agitação no estômago, sua filha praticamente se revirando dentro de dela. Agarrando-se ao corrimão, ela se levantou e foi até a cozinha.

Sem energia funcionando em Tóquio, [Nome] não estava muito interessada em deixar seu apartamento. Devido aos seus tornozelos inchados e sua grande barriga de grávida, ela não pôde deixar seu apartamento, mas seus adoráveis ​​vizinhos a ajudaram com as compras. Já se passaram algumas semanas e [Nome] estava começando a ficar muito preocupada. Normalmente seu marido voltaria para casa assim que o trabalho terminasse. Havia momentos em que ele passava dias seguidos longe... Mas nunca tanto. [Nome] despejou água na chaleira e acendeu o fogão a gás. Já faz algum tempo que ela tem uma sensação de estômago embrulhado. Ela diria a si mesma que estava sendo paranóica, que ele estava bem e logo estaria em casa. A chaleira assobiou e ela despejou a água em uma caneca para adicionar um pouco de camomila para acalmar seus nervos...

Tomando um gole do chá, ela sentiu o calor descer pela garganta. As noites continuaram a ficar mais frias e, no momento, [Nome] não tinha aquecimento com essa queda de energia. O inverno se aproximava rapidamente com o enfraquecimento do outono deixando o clima ainda mais frio. [Nome] descansou no sofá e colocou a caneca na mesinha de centro para depois pegar uma foto sua com seu marido. Eles dois estavam lado a lado, a cabeça apoiada no ombro dele. Ela tinha insistido em tirar a foto dos dois e estava focada na câmera, mas seu marido... Ele olhou para ela com tanto carinho, ela completamente alheia enquanto sorria olhando para a câmera. Era sua foto favorita, mostrava o quanto ele te adorava, como ele nunca conseguia tirar os olhos de você. 

Ele manteve seu trabalho e sua vida doméstica separados. Às vezes [Nome] gostaria que ele falasse mais sobre isso. Às vezes ela sentia que só conhecia metade da vida de Kento Nanami. Às vezes ela desejava que Nanami a deixasse entrar nessa parte da vida dele. Ainda assim, ela confiou nele. [Nome] o amava. Nanami era gentil, atencioso, amoroso e compassivo e muitas coisas que eram tão boas. Então ela o deixou manter as coisas separadas. Nanami voltava para casa às vezes quando estava exausto, ocasionalmente ele falava sobre seu dia. Ele nunca entrava em detalhes e as coisas sempre foram mantidas vagas, mas ela adorava. [Nome] ficava animada ao ouvir seus discursos e reclamações, porque dá a ela uma visão de todo este outro mundo, mesmo que pequena.

Ela admirou sua mandíbula cinzelada e maçãs do rosto salientes, traçando sobre eles na foto com a ponta dos dedos. Seu cabelo loiro e olhos verdes faziam [Nome] se perguntar como seu filho seria. Ele conseguiria seus traços bonitos ou os de Nanami? Ele conseguiria uma boa mistura de ambos? [Nome] tinha suas próprias teorias, preferências, mas sabia que não importava como essa criança seria... [Nome] e Nanami a adorariam. Eles o amariam de todo o coração. Ela se pegou imaginando Nanami como um pai... Segurando seu bebê pela primeira vez. Ela tinha certeza de que a expressão em seu rosto a faria chorar.

Ela o imaginou cuidando de seu filho, alimentando-o... Contando histórias para dormir... Mostrando-lhe amor... Ensinando-o a jogar beisebol... Fazendo chá com ele... Andando no parque com você, sob as cerejeiras enquanto empurrava o carrinho onde seu filho estava deitado.