Geladeira ambulante.

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Depois de deixar Sasuke em sua casa, a rósea voltou rapidamente para seu bairro. Já passavam das 17h e o sol já estava se pondo.

Pra evitar reclamações da parte de sua mãe, ela resolveu não enrolar na rua até tarde, pelo menos não em uma quarta-feira.

— Cheguei! — Gritou anunciando sua chegada e estranhou o silêncio. Caminhou tranquilamente pelo pequeno quintal da casa e tirou os sapatos antes de entrar.

— Olá querida, que bom que chegou cedo. — Ouviu a voz de sua mãe e direcionou seu olhar á sala de estar. 

Seus pais estavam sentados juntos no sofá que ficava encostado na parede, enquanto outro homem sentado em outro, de costas para si.

O homem misterioso se levantou, e o pensamento que passou pela sua cabeça foi que ele parecia uma geladeira. Era alto, os braços fortes cobertos por um paletó na cor creme, a pele bronzeada e os olhos verdes que emanavam uma certa malícia.

— É um prazer finalmente conhecê-la. Ouvi comentários de que era bela, mais vejo que pessoalmente é simplesmente encantadora. — Ele se pronunciou, fazendo sua voz grossa preencher todo o cômodo. Se aproximou pegando a mão da garota, depositando um beijo levemente carinhoso. — Eu me chamo Kakuzu.

Aquela situação era, no mínimo, constrangedora.

— Hã... É um prazer senhor Kakuzu. Mas, creio eu que já o vi algumas vezes conversando com a minha mãe, não? — Questionou com a sobrancelha arqueada.

Ele lhe dirigiu um sorriso de canto, simples ao olhos dos pais presentes; mais que para Sakura significavam alguma coisa.

— Ele é um amigo de longa data, filha. —Revelou colocando a mão no ombro da geladeira ambulante. — Eu vou preparar um café, Kazashi venha me ajudar!

Oh não!

— Oh, então o senhor é agiota? Isso é... Interessante. 

A última coisa que precisava era ficar sozinha com um estranho em sua casa, mexia nas mãos, colocando o cabelo atrás da orelha em nervosismo; e o fato do homem não tirar os olhos dela já começava a incomodar.

— Então, Sakura, ouvi dizer que gosta de música... Me diga, o que quer fazer? — Ouviu a voz grossa perguntar em curiosidade.

E a pergunta a pegou desprevenida, todos - exceto seus amigos - nunca perguntaram o que ela tinha vontade de fazer e os que descobriram achavam que era perca de tempo.

Afinal, as pessoas acham que você só será alguém na vida se cursar medicina ou direito.

Ora, ela já era alguém na vida. Se não fosse, pra que servia a identidade?

— Bem, é meio bobo... — Começou em tom baixo com vergonha por falar isso á um estranho. — Quero seguir carreira como mc.

O silêncio pairou sobre o ambiente e Sakura se arrependeu de ter aberto a boca. Kakuzu a olhava de uma forma que ela não sabia distinguir, aparentemente estava processando a informação.

— Esse é o seu sonho? — Perguntou quebrando o silêncio e a garota assentiu positivamente. — Então não tem nada de bobo nisso; acho que deve fazer o que gosta.

E pela segunda vez na noite, o homem á sua frente havia lhe surpreendido. Se seus pais enxergassem da mesma forma que ele, tudo seria mais fácil.

— Gostaria de sair comigo, Sakura?

O simples convite a deixou aflita, olhando em sua direção com o rosto vermelho e os olhos arregalados.

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⏰ Última atualização: Aug 03, 2021 ⏰

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