47 ▪ Maloley

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Dia 310

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Dia 310

— O que eu faço? — Gritei nervoso.

Depois que eu gritei, Paul veio correndo ao meu encontro, pegando a Angel no colo enquanto eu levava a loira para dentro de casa. Cindy disse que era importante colocar ela deitada e tentar fazer a respiração voltar. A última vez que presenciei algo assim, rapidamente foi resolvido. Mas, dessa vez, foi tudo muito rápido. Eu estava com a garota em meus braços e logo percebi seu corpo tremer e sua respiração descompassada. Em poucos segundos ela já não me respondia mais.

— O que está acontecendo? — Sammy desceu as escadas após me ouvir.

Ele correu até a loira que estava paralisada no sofá. Seu peito subia e descia, o que indicava que ela não estava morta.

— O que você fez? — Ele disse bravo enquanto se aproximava do sofá e acariciava seus cabelos.

— Eu não sei. — Disse assustado. — Acho que ela está com uma crise de ansiedade, eu não sei.

Eu comecei a andar de um lado para o outro, mostrando todo o meu nervosismo. Não sabia como agir ou o que fazer, mas não aguentava ver a loira ali.

— Liguei para os bombeiros. — Cindy entrou com o telefone em mãos. — Eles pediram para tentar controlar a respiração dela. — Ela me estendeu o telefone, mas eu neguei com a cabeça. — Em cinco minutos estarão aqui, mas precisam de mais informações.

— Me dá o telefone. — Sammy pediu e assim ela o fez.

Eu continuei andando de um lado para o outro, sem nenhuma reação. Eu não sabia o que fazer ou falar. Sammy tinha colocado a cabeça da loira em seu colo e falava algo para ela. Eu me sentia um inútil naquela situação, mas não conseguia pensar em nada. Eu só tinha medo de perdê-la. Senti um braço me rodear e parei de andar, olhando para baixo. Era Lucy.

Ela falava algo, tentando me acalmar, mas não estava surtindo efeito. Olhei novamente para a minha garota que agora estava sendo abraçada pelo Sammy. Ele conversava ao telefone, mas eu não sabia se era baixo ou se era eu que não conseguia ouvir. Eu nem tinha notado Cindy sair, mas ela já estava de volta com um copo em mãos. Sammy se levantou com dificuldade, colocando a loira sentada, ainda a abraçando.

Com ajuda, eles deram um pouco da água para ela. Sammy a manteve sentada enquanto rodeava seus braços em seu tronco, a puxando contra seu corpo. Ele mantinha o telefone na orelha, conversando algo. Sentia minhas pernas falharem, mas eu não queria. Tinha que ser forte para ela. Lucy me apertou mais no seu abraço, me puxando para fora da sala. Mesmo sem querer, eu me deixei guiar.

Assim que saímos pela porta de entrada, nos sentamos nos degraus da pequena escada que tinha ali. Lucy manteve seu braço ao meu redor, acariciando parte do meu ombro e braço.

— Ela vai ficar bem. — Ela disse calmo. — A Becca é a pessoa mais forte que eu conheço. Ela sempre fica bem.

Eu iria responder, mas fui interrompido quando dois bombeiros fardados entraram. Eu iria segui-los, mas a garota me manteve ali. Também, eu não iria ajudar em nada. Talvez mais atrapalharia. Eu fui o culpado de tudo isso reaparecer. Foi eu quem a mandou novamente para o Texas, tudo por causa de uma desconfiança boba. E fui eu quem a fez ficar lá mais tempo do que ela gostaria. Aquilo tudo era minha culpa. Só minha.

Califórnia ▪ Nate MaloleyOnde histórias criam vida. Descubra agora