48 ▪ Gilinsky

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Dia 311

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Dia 311

— G! — Sammy correu ao meu encontro.

Eu estava sentado ao lado da maternidade, com os braços ao redor das minhas pernas. Meus olhos estavam vermelhos devido ao choro.

— O que aconteceu? — Nate chegou depois, confuso com tudo.

Sammy se abaixou para ficar ao meu lado, passando o braço ao redor do meu ombro. Era sua forma de me consolar.

— Jack, o que aconteceu? — Sammy repetiu, me apertando mais contra seu corpo.

— Eu... — Dei uma pausa longa. — Eu não sei.

— Por que você está aqui? — Nate se abaixou na minha frente.

Eu encarei os dois, com ainda mais vontade de chorar. Nate apoiou as mãos no meu joelho. Era a sua forma de mostrar que estava ao meu lado.

— Perguntaram quem era... — Dei uma pausa para enxugar as lágrimas que voltaram a cair. — Perguntaram que era o pai do Finn.

— O que aconteceu com ele? — Sammy perguntou confuso e assustado.

— Eu não sei. — Admiti deixando mais lágrimas caírem.

Nate levantou a cabeça, encarando o vidro grande.

— Ele não está aqui. — Ele respondeu. — Está vazio.

— Ele não estava no quarto? — Sammy perguntou confuso.

— Eu não sei onde ele está. — Falei afundando o rosto nas pernas.

— Cadê a Camille? — Nate perguntou.

Eu não conseguia responder por causa das lágrimas. Tudo estava engasgado na minha garganta. Senti outro braço me rodear e agora sabia que era o Nate.

— Eu vou procurar alguma informação, G. — Sammy tentou me passar uma confiança.

Senti seus braços saírem de cima de mim e alguns passos em seguida. Nate permaneceu me dando apoio. Ficamos sem falar por todo o tempo. O único barulho era o do meu choro. Sammy voltou depois de um tempo e só então levantei o olhar para encará-lo.

— Eles não me falam nada! — Ele disse bravo. — Nem onde a porra da Camille está. Ela não está no quarto.

— Camille recebeu alta ontem de manhã. — Respondi para ele. — O Finn ficou internado porque estava desnutrido. E agora não sei o que aconteceu com meu filho!

Notei que Sammy iria falar algo, mas ele se calou. Tinha certeza que era algo que não me agradaria, então achei melhor assim.

— Você já falou com ela? — Nate perguntou.

— O celular está desligado. E como se ela fosse vir até o hospital de madrugada também. — Revirei os olhos. — Ontem, antes dela receber alta, nós brigamos. E eu deixei claro que não queria nada com ela. Camille não aceitou bem e falou que eu iria ficar com a guarda dele. — Suspirei e senti mais lágrimas escorrerem. — Ela não virá agora, nem para passar uma imagem de mãe triste. Não tem mídia aqui.

Califórnia ▪ Nate MaloleyOnde histórias criam vida. Descubra agora