25. Você é uma Siciliana?

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[Capítulo não revisado]

Lauren Jauregui's point of view.

- Como assim vamos até lá? - Questionei para me dar tempo de pensar enquanto contornava o carro para entrar na porta do carona. - Você ficou maluca?

- Maluca? Não. - Camila girou a chave, e no momento em que o motor ligou, levei meu olhar pra baixo do volante, conferindo se o chip não iria cair. - Elas chamaram nossa atenção e deixaram isso dentro da casa, é óbvio que nos precisamos ir até lá!

- Mas é território dos 'Ndrangheta, você mesma disse! - Tentei por este lado. - Essa é a ideia mais estúpida que eu já ouvi, Camila.

- Isso de território só é relevante caso você seja de alguma máfia rival, fora isso, a rua é pública. - Ela começou a dirigir, e eu poderia começar a soar frio naquele mesmo momento. - Você é uma Siciliana?

Meu coração disparou, e eu senti até mesmo o sangue parar de ser bombeado para o meu corpo de tanto que minhas mãos ficaram gélidas de repente. Se estivéssemos em um desenho animado, essa seria a hora em que uma gota de suor escorregaria pela minha testa de tanto nervosismo.

Ok, se controla, Lauren, aquela foi uma pergunta para completamentar a frase dela.

- Bom, acho que não. - Dei de ombros, tentando parecer o mais tranquila possível.

- Pois bem, se eu não sou e você também não é, não vejo problemas de ir até esse endereço.

Quais as probabilidades da minha entrada no território deles resultar em morte? Além de revelar minha identidade, claro. Eles sabem da Assassina do Lago, e sabem que ela é um Siciliana, sendo assim, eles vão me associar no mesmo segundo. Aquilo, definitivamente não vai dar certo!

- Acho que deveríamos falar com Alycia primeiro sobre isso. - Tomei outro caminho; ela daria uma forma de não me deixar ir sem que pareça suspeito, já que ela estava meio que no comando. - Talvez ela queira mandar mais pessoas com a gente, pra caso acontecer qualquer coisa.

Camila transparece uma expressão pensativa, e eu quase cruzei os dedos pra ver se assim a sorte se virava ao meu favor. Se ela não aceitasse, não sei mais como vou impedi-la. Fingir um desmaio? Da um tiro na minha perna?

- Tem razão, melhor deixa-la ciente para caso aconteça algo lá.

Eu não conseguiria explicar a sensação de alívio que me tomou nem se tentasse; ok, estava tudo sobre controle.
Seguimos em direção ao prédio do FBI, estacionamos o carro e praticamente disparamos para o andar operacional, onde a sala de Alycia ficava. Ela estava conversando no telefone quando Camila fez um sinal do outro lado da parede de vidro, e a mulher la dentro respondeu com o mesmo gesto para que possamos entrar.

- Encontraram algo? - Ela perguntou, encerrando a chamada que estava.

- Sim. - Camila se aproximou, deixando o papel que me mostrara encima da mesa. - Estava no cômodo onde deveria ser o quarto do padre, e aí tem um endereço pertencente ao território dos 'Ndrangheta. Iriamos ir direto para conferir o que achamos, mas Lauren preferiu passar aqui para avisar antes.

- Fizeram bem. - Alycia analisou o papel por uns segundos, e então se levantou, o devolvendo. - Uma equipe sutil irá com você, Camila, eles são do meu próprio time, pode confiar neles, mas não acho aconselhável que Lauren vá.

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