14 - Emily

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Quando acordei, senti meus músculos deliciosamente doloridos. A noite com Henry foi perfeita, maravilhosa. Não consegui evitar que um sorriso bobo estampasse meu rosto, quando me lembrei do seu toque tão possessivo e ao mesmo tempo tão carinhoso. Parecia que ele sabia exatamente o que fazer com meu corpo. Perigoso demais.

Olhei para o lado e vi uma bandeja cheia de comida. Ele com certeza levava a sério o café da manhã. Sorri quando peguei o bilhete que dizia:

"Bom dia, anjo. Precisei dar uma saída. Deixei seu café da manhã pronto, se alimente.

Veja a internet. Att. H"

A última parte do bilhete me fez franzir a testa, provavelmente alguma revista sensacionalista estava falando alguma coisa sobre a minha vida pessoal. Eu já estava acostumada com isso, não me importava mais com essas coisas, mas era bem irritante ter que ficar desmentindo tudo o que escreviam sobre mim.

Meu celular ainda estava carregando, então resolvi primeiro tomar o café e depois ver o que estava acontecendo lá fora.

Peguei uma fruta e coloquei na boca, meus pensamentos logo me levaram à noite anterior. Henry não era como Charles, o toque dele, apesar de possessivo, não machucava, me dava segurança. O prazer que ele me fez sentir foi algo que eu nunca tinha sentido antes. A atenção e o cuidado com que ele me tomou, a conexão que eu senti, a química. Nossos corpos pareciam se encaixar perfeitamente. Foi o melhor sexo que já tive, não que eu tivesse tido muitos. Depois de Charles, eu não tive muitos relacionamentos, nunca fui uma santa, mas sexo para mim nunca foi uma coisa banal. Não fazia por fazer.

Claro que eu não esperava nada do Henry, mas eu queria ser tomada por ele novamente, meu corpo sentia falta do dele.

Depois de tomar o café e tomar um banho rápido, coloquei só uma camisa grande de malha e fui até a sala.

— Bom dia, dorminhoca, já vi que a noite foi boa. — Sam me esperava sentada no sofá com um tablet na mão.

— Você nem faz ideia. — dei um sorriso torto e me sentei de lado no sofá, de frente para ela, com as pernas encolhidas embaixo do meu corpo.

— Pela sua cara feliz, ainda não deve ter visto as notícias. — ela me entregou o tablet — Pode me dizer o que significa isso?

Uma foto do nosso beijo em frente ao flat de Henry e várias outras em que ele estava com a mão nas minhas costas, abrindo a porta do carro para eu entrar. Enfim, muitas fotos de nós dois. Eu já nem lia mais as matérias que saíam sobre mim, mas essa seria difícil de ignorar.

Como será que Henry estava se sentindo quanto a isso? Eu queria falar com ele.

— Por que não me contou que estava saindo com ele, Emily? Eu poderia controlar as notícias se soubesse o que estava acontecendo. — Sam tirou o tablet da minha mão e colocou sobre a mesinha.

— Não estava acontecendo nada, ou melhor, não está acontecendo nada. — fiz um coque frouxo no alto da cabeça enquanto respondia — Isso, — apontei para o tablet — foi só um beijo por impulso, não significou nada.

— Uhum. E essa marca no seu pescoço foi antes ou depois do "nada" que aconteceu? — coloquei rápido a mão no pescoço tentando esconder — Não tem marca nenhuma, bobinha, mas pela sua reação é porque a possibilidade de ter uma marca aí era bem certa. Pode desembuchar, com certeza algo aconteceu.

— Espertinha — apertei os olhos para ela — O beijo não foi nada, mas ontem à noite, bom... ontem à noite aconteceram algumas coisas. Eu não vou te dar detalhes de nada, só posso dizer que estou com uma dose extra de endorfina no corpo, se é que me entende.

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⏰ Última atualização: Aug 04, 2021 ⏰

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