[CONCLUÍDA]
[REESCRITA]
Depois de sofrer um grave acidente, aos 18 anos, que vitimou seus pais e o pôs numa cadeira de rodas, Jeon Jungkook viu sua vida perder a cor e todo o sentido.
Mas, o que ele não podia esperar, era que 5 anos depois, em seu...
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Boa leitura 💜
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Voltar a rotina de trabalho, depois de um certo período de férias, poderia ser considerado algo tedioso, sacal ou ruim para algumas pessoas, mas para Jimin nunca era. Ele sempre se sentia renovado quando as novas aulas se iniciavam, pois era com elas que ele se sentia restaurado em seu próprio ânimo. Mas, também, era a sua grande oportunidade de rever alguns de seus antigos alunos e conhecer os novos que sempre chegavam entusiasmados e davam o frescor necessário para o começo de cada semestre.
E por conta desse entusiasmo todo, Jimin também se sentia verdadeiramente inspirado por eles e por cada nova história que escutava de cada aluno que chegava ali. Ele se divertia e aprendia muito com as bagagens que cada um trazia e, claro, com o que eles fizeram durante os dias de férias. Eram histórias adoráveis e ele adorava escutar com atenção cada uma delas.
E esse foi apenas um dos motivos pelo qual ele acordou tão alegre naquela manhã, de uma segunda-feira ainda fresca devido ao quase fim do inverno e levemente ensolarada de fevereiro. Os outros se davam pelo fato dele ter uma profissão estável e, de uma certa forma, viver seu sonho de ser dançarino; amigos que lhe queriam bem; sua própria casa que dividia com Hoseok e agora tinha Jungkook. E quando pensava neste último, ele se sentia mais que completo, sentia aquela sensação de peito estufado e acalorado que vinha seguido de um suspiro e nos fazia sentir as tais borboletas, em diversas cores em nós. Aquela sensação de nos fazer sonhar acordado e sentir a barriga revirar.
E, ao olhar o sol, ainda que fraco, entrando pela janela de seu quarto, lembrou dos acontecimentos recentes, mas a viagem que os dois fizeram recentemente ainda tomava boa parte das suas memórias. Haviam sido poucos dias, mas foram dias que ficariam cravados para sempre dentro de si. E ao lembrar-se de tudo novamente, olhou sua aliança no dedo que brilhava ainda mais naquela manhã e com um sorriso no rosto, não se importou com o modo como o relacionamento dos dois havia se desenvolvido tão rápido, em tão pouco tempo, em apenas 5 meses que se conheciam. Concluiu que, de fato, o tempo de cada relacionamento e o modo como cada um se desenvolvia era muito relativo, já que, com alguns anos de namoro com Jongin, ele nunca havia se sentido da forma como ele se sentia com Jungkook.
Suspirou diante de tal constatação e se espreguiçou mais um pouco ainda em sua cama. Abraçou o travesseiro e se pôs a curtir um pouco mais da pequena preguiça que ainda insistia em tomar conta do seu corpo, apesar de estar empolgado para o início de um novo semestre na escola.
Mas, por um instante, seu sorriso foi murchando devagar e uma sensação esquisita deu lugar ao calor gostoso que ele sentia em seu peito quando se deu conta de que tudo estava indo bem demais em sua vida. Ele sempre escutou as pessoas dizerem, inclusive sua mãe, que quando tudo estava bem demais, algo ruim sempre acontecia e, apesar de alguns considerarem isso apenas uma superstição boba, ele não evitou sentir um arrepio estranho pelo seu corpo quando pensou nisso, o que o fez instintivamente levar a mão ao coração que também havia pulsado mais rápido com a sensação esquisita que caiu sobre si.
