IV - Your flowers just died

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P.O.V Draco

Saio correndo de perto de Potter, aquele simples encontro foi o suficiente para fazer com que a ânsia de vômito viesse forte, corro até achar uma cabine vazia e antes que eu consiga abrir a janela eu vomito.
Pétalas de lírio branco manchadas de sangue saem de minha boca e o perfume da flor junto com o cheiro do sangue se tornam enjoativos, o contraste do branco da flor com o vermelho vivo do sangue faz com que seja uma combinação bonita e eu até consideraria em achar realmente bonito se não tivesse saído de meu estômago.
Depois que a ânsia passa e o vomito se encerra me levanto tremendo e me sento no banco da cabine, suor escorre pela minha testa e eu me sinto cansado, mas antes que eu pudesse fechar meus olhos a porta da cabine é aberta e a primeira coisa que eu vejo é Twink, atrás dela estão Blaise e Pansy e pelo olhar assustados seus rostos e respirações descompassadas supus que eles estavam correndo
– Twink, como que achou? – pergunto
– Twink viu que o senhor estava demorando para voltar então Twink pensou que precisasse de ajuda senhor precisava de ajuda – dei um fraco de sorriso de agradecimento para a elfo, a dispensei e com um estalar de dedos ela se foi
– Draco... o que aconteceu – Pansy me perguntou aflita entrando na cabine, e assim que sentiu o cheiro forte do perfume das flores e olhou para baixo fez uma cara de espanto
– Que merda...? – ouvi Blaise sussurrar, respirei fundo e me ajeitei no banco
– Eu vou falar e depois vocês vão perguntar, ok? Eu tenho uma doença mágica chamada Hanahaki, ela tem origem japonesa mas não se sabe como surgiu, ela faz com que eu vomite flores por conta de um amor não correspondido, são as flores favoritas dessa pessoa, há estágios, começa com pequenos vômitos em horários aleatórios e espaçados com algumas pétalas, mas com o decorrer do tempo os vômitos vão aumentando junto com a quantidade de pétalas, o último estágio é quando começo a vomitar botões e flores inteiras e a única cura para ela é a pessoa me ame de volta, caso contrário, eu morro – terminei de falar e dei um tempo para que processassem
– Quem é a pessoa? – Blaise foi o primeiro a perguntar
– Harry Potter – respondi e vi seus olhos se arregalarem
– Harry Potter? O Harry Potter??
– Sim, infelizmente sim – respondi
– Mas... como? Vocês não se odeiam ou algo do tipo? – Pansy fala
– Eu não sei, no fundo eu acho que sempre foi assim, todas as provocações e brincadeiras eram uma forma de demonstrar o que eu realmente sentia ou sei lá
– Como sabia que as flores favoritas dele são lírios? – Ela me pergunta e eu dou um riso nasalado antes de responder
– Na aula de transfiguração do 4º ano McGonagall pediu para que transformássemos um castiçal em nossa flor favorita, nesse dia eu estrava sentado na frente de Potter e vi quando ele transformou o castiçal em um lírio branco – explico me lembrando da cena e de como eu tinha achado a flor muito bonita e, por mais que fossem mesmo, não eram as minhas preferidas, Pansy assente e dá um sorriso singelo
– Vamos limpar isso, voltar para a cabine e arranjar algo para você comer e beber, sua aparência está péssima – ela fala fazendo um feitiço de limpeza, tiro forças não sei da onde e me levanto meio tonto, os dois me olham como se eu fosse desmaiar a qualquer momento, forço um sorriso para indicar que estou bem.
Encontramos o carrinho de guloseimas no caminho e enquanto eu não comprei mais de 4 bolos de caldeirão e suco de abóbora, Pansy não me deixou em paz, entramos na cabine e me permiti fechar os olhos, estou cansado e só consigo pensar em minha cama, quando chegamos em Hogwarts aviso que não irei jantar e eles assentem, vou até Isis, que é monitora junto comigo e falo que não poderei ajudá-la por não estar passando bem, ela me olha de cima a baixo e penso que minha aparência deve estar realmente péssima já que ela concorda sem objeções
– A senha é língua de prata – agradeço e vou para as masmorras, digo a senha e me dirijo ao dormitório, me deito em minha cama e fecho meus olhos, Merlin, será um ano muito difícil.
Faço uma nota mental de ver Madame Promfrey depois, ela sabe da doença e se ofereceu para me ajudar a fazer uma poção que ajudara a, pelo menos, diminuir a intensidade dos vômitos.

Doença das Flores - DRARRY (hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora