Capítulo 1 - Internato Militar

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CURIOSIDADES SOBRE OWARI NO SERAPH E MIKAYUU NAS NOTAS FINAIS!!

Tentarei fazer isso no final de todos os capítulos!

Fanfic policial com comédia, tipo Brooklyn Nine-Nine.

Beijos seus lindos!

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Yuuichiro on

Acordo a contragosto nesta manhã, com a luz do sol atravessando o vão da cortina mal fechada da minha janela. Eu havia me esquecido de fechá-la na noite passada.

Resmungando, acabei me enrolando ainda mais nos cobertores quentinhos, não querendo levantar. Provavelmente ainda era bem cedo, então não custava nada ficar mais um pouquinho na cama.

Hoje, era domingo, e o último dia das minas férias. E também, teria que voltar para o internato em que estudo desde os meus onze anos de idade. Eu havia entrado quando tinha ido para o sexto ano, e desde então não saí mais daquela colégio interno.

Entretanto, não era um internato comum. Era a mais prestigiada academia que formava os melhores policiais e militares de todo o Japão, eram poucos os que tinham a chance de entrar lá. As provas eram difíceis, assim como os testes físicos. Além de que precisaria ter um bom histórico familiar e escolar para ter ao menos uma chance.

É tipo a Harvard, só que japonesa.

O internato em si é dirigido pelo ex-general da força de Autodefesa do Japão, a mais poderosa corporação militar do país, Tenri Hiragi, vulgo o meu avô materno. A sua localização fica perto do mesmo bairro que eu moro, em Shinjuku, que é uma região especial da Metrópole de Tóquio, no Japão.

Moro em Shibuya, que é um bairro ao lado de Shinjuku. Então ir para o internato em si não é uma tarefa tão difícil.

Shibuya é um lugar enorme, e faz jus a cidade de Tokyo, já que é mais movimentada do que o resto da cidade. Mas mesmo assim, amo este lugar! Para mim, este bairro é a melhor coisa que Tokyo poderia oferecer.

E bom, poucos sabem, mas eu sou garoto trans.

Revelei o meu real gênero aos dez anos de idade para a família. Uma idade um tanto quanto cedo, não é? Pois bem, para mim não. Eu sempre soube que sou um garoto. Muitos achavam que era uma fase, mas não é. Este sou eu. E quem não aceita que vá tomar no olho no meio do cú, obrigado.

Foi também no ano seguinte em que eu me assumi como um garoto que eu fui para o internato. Eu ainda era novo, mas sabia que seria difícil, entretanto, mesmo sabendo disso, não pude deixar de me animar.

Foi um alívio para mim mudar de escola após ter aceitado o meu real gênero, poderia recomeçar. Com a ajuda do meu avô materno, consegui mudar a papelada do meu gênero assim que entrei no colégio.

E bom, pra mim naquela época, se alguém descobrisse, descobriu. Não faria tanta diferença na minha vida. Isso é um assunto apenas meu, afinal de contas.

Apenas os meus quatro melhores amigos sabiam, fora a minha família, seja materna ou paterna. Alguns aceitaram bem, e outros, incluindo a minha mãe, nem tanto. Mas creio eu que isso faz parte, eu acho.

Eu nunca tentei fazer de tudo para esconder de fato, mas também não era como se eu saísse contando que sou um garoto trans.

Mas se bem que, no fundo, eu sempre preferi que ninguém soubesse de nada.

Porém, esse meu comportamento mudou no sétimo ano, no meu segundo ano no internato. Foi quando eu conheci Mikaela Tepes, que havia ido pro internato após se mudar da Rússia.

Can you keep my secret? - Mikayuu (Reescrevendo)Onde histórias criam vida. Descubra agora