- Depois voltei lá na delegacia e a secretária Diana te passou seu número. E pedi ajuda diretamente a você... Por me sentir segura, você pode ter sido um pouco grosseira, mas, demonstrou se importar comigo de verdade. Nunca tive alguém que se importava de verdade comigo...
- Você é uma mulher muito inteligente pra viver assim dessa forma... Com medo, não sabendo sentir algo verdadeiro por alguém, ou, confiando.
- E você? Tem alguém?
- Não. Só estou saindo com uma pessoa, mas, não é nada sério por enquanto.
Karen tinha um volume avantajado de seios, aquilo me deixava tentada, mas, tentei ao máximo me distrair olhando para outra parte dela que não mexesse tanto comigo, o que era difícil, não ficar tentada com ela. Até pude sentir o seu cheiro... Era doce, e suave, com fragrância de frutas cítricas.
- Júlia? Você está bem?
- Eu posso ir ao banheiro lavar meu rosto?? - Levantei do sofá meio inquieta.
- Nossa, você está pálida. Precisa de algo? Algum remédio...
O remédio é você sua gostosa, como eu vim parar na casa dessa mulher?! E o pior, minutos após eu ter transado bastante com a minha vizinha, ou seja, ainda estou com cheiro de sexo em meu corpo, preciso me livrar desse cheiro. Chegando no banheiro passei o creme hidratante dela, e acabei lavando meu rosto bastante vezes. Quando saio do banheiro, ela estava na porta me aguardando.
- Júlia, eu vou dormir... Acabei conseguindo ficar com sono. E mais uma vez obrigada por estar aqui, sei que não faz parte do seu trabalho.
- Pode ir dormir tranquila, está protegida. - Peguei na mão dela forte.
O cheiro dela novamente me embriagou os sentidos. E, esperei que pegasse no sono para que eu pudesse observá-la dormir. Me agacho na sua beira e sussurro baixinho...
- Karen... Não sei o que fez comigo, mas, me sinto já parte da sua vida. Vou cuidar de você sempre...
Fiz um sinal do Espírito Santo nela de longe, e, me retirei dali, pois acabei ficando com sono também. E tenho que ir cedo para delegacia.
Que madrugada mais turbulenta a minha... Mas, diria que é uma das mais gostosas que já tive.
No dia seguinte quando acordo, já encontro café da manhã na mesa, e, Karen já toda arrumada para trabalhar.
- Bom dia bela adormecida. Você ronca hein?!
- Eu? Eu não ronco!!
- Estou brincando com você! - Ela riu e percebo que aquele sorriso dela era o que eu gostaria de ver todas manhãs meio ao Sol tímido que chegava através dela.
- Você tem um sorriso lindo, deveria sorrir mais... Principalmente quando o sol está em ti.
- Assim você me deixa sem graça, eu falando uma coisa engraçada e você me elogiando, ai ai. - Ela por ter a pele muito branca, suas bochechas ficaram ruborizadas de vergonha.
- Acostume-se com minha sinceridade. Amanhã é final de semana, e vou mexer com meus cavalos gostaria de passar o final de semana comigo?
- Eu amo animais, iria adorar!! Mas, não é um encontro né?
- Por que acha que estou dando em cima de você? Só porque te elogio não é porque quero algo de você. Meu elogio é genuíno... E jamais iria se aproveitar de você por estar vulnerável a essa situação que está passando, que tipo de mulher pensa que sou?
- Desculpe por pensar isso, é porque pessoas sempre me desejam, e isso me deixa às vezes bem desconfortável. E obrigada por ser sincera comigo.
- Não vou negar que você é sim atraente aos meus olhos, mas, não é isso que me conquista.
- O que te conquista?
- Descubra.... - Sorri de forma vaidosa.
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Sob a luz do Sol
Krótkie OpowiadaniaUma investigação policial fora do protocolo, romance intenso, sedução, resistência, emoção e instinto policial combinam?