26. Reencontro.

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[Capítulo não revisado]

Lauren Jauregui's point of view.

Se eu estivesse sentada enquanto esperava Alycia, tenho certeza que minha perna estaria tremendo de tão ansiosa/nervosa que eu me encontrava. Como 'Ndrangheta simplesmente reconheceu Camila? Alguém está lá em Beaufort, observando. Seria a Sra. Swift? Sra. Carey? Droga!
Nial, Sydney e o restante do pessoal chegaram a questionar o que havia acontecido, e sabendo que não conseguia fugir dali até Alycia chegar, contei que estávamos tendo um problema com "a outra", e que poderíamos nos encontrar outro dia, já que agora eu sabia onde estavam. E quando ela finalmente chegou, cumprimentando de longe as pessoas ali, eu praticamente disparei para dentro do carro, pedindo a ela que me explicasse cada detalhe do que havia acontecido.

Aparentemente, o time de Alycia e Camila alcançaram o endereço, e lá ouviram a conversa de uma pequena reunião de 'Ndrangheta, dizendo o que queríamos saber, e foi no momento em que se apressaram para ir embora que os que estavam servindo de guarda do local surgiu. Eles tentaram se defender, porém estavam em menor quantidade, e no meio da confusão, reconheceram Camila e a levaram junto com eles para o que chamou de Capela, dizendo que gostariam de fazer algumas perguntinhas à delegada.

- Eu pensei que o FBI era mais ágil. - Comentei quando Alycia tomou a curva que levava para o estacionamento do prédio. - Por que estamos voltando pra cá?!

- Porque aqui é o único lugar que eu consigo mexer alguma coisa sobre isso.

O carro foi estacionado, e eu saltei para fora dele no segundo depois, o contornando para alcançar Alycia. Não dava para fazer nada daqui, e se demorassemos, poderia acontecer algo com ela. Não, isso definitivamente não pode acontecer.

- Eu não vou esperar até que você consiga fazer algo. - Bradei, me aproximando. - Eles vão fazer de tudo pra ela abrir a boca, e depois podem até mesmo mata-la pra que pare de investigar, Alycia! - A mulher franziu o cenho na minha direção, cruzando os braços abaixo dos seios, e eu pigarreei. - Nós não podemos perdê-la, certo? Ela não é uma peça importante?

Alycia expirou, olhando para os lado em frustração, como se tivesse acabado de ouvir a maior besteira de toda sua vida.

- Como você pretende ir até lá, Lauren? - Seu olhar voltou a mim, atingindo bem o fundo do meu par. - Eles vão te reconhecer!

- É claro que vão, e isso não interessa se eles não conseguirem me pegar. - Tomei a chave do carro de sua mão, caminhando até a traseira para conferir como poderia apagar a placa. - Você só precisa me falar aonde eu consigo armas e eu dou conta do recado.

- Por Deus, com certeza tem mais de quinze pessoas no prédio! - Ela praticamente gritou. - E você está sozinha!

- Eu não vou e estar sozinha, você vai comigo. - Tinta preta e algum tipo de pano da mesma tonalidade, assim vou conseguir apagar.

- Você só pode estar de brincadeira com a minha cara. - Alycia disse entre os dentes, negando com a cabeça e apanhando um telefone diferente de seu bolso. - Você tem muita sorte que fomos ensinados a não deixar ninguém pra trás, Moratti, mas espero que saiba que isso é uma grande loucura.

Sim, aquilo era uma grande loucura, mas eu não podia a deixar lá. Será que isso quer dizer mais do que eu quero admitir ou enxergar?

- Vamos esperar seu time voltar para passar o endereço exato. - Disse, retornando da traseira do carro. - E... obrigada.

Alycia se afastou depois disso para fazer algumas ligações, como a mesma disse, e eu gastei o tempo analisando a área em que entraríamos pelo Google Maps; becos, ruas sem saídas, quarteirões grandes demais e etc. Observei tudo com a devida atenção, e estava fazendo minhas anotações mentais quando a mulher retornou, varrendo o arredor com o olhar antes de caminhar até o SUV, onde eu apoiava meu celular.

Lake KillerOnde histórias criam vida. Descubra agora