Capítulo XXXIV - O Selo do Passado

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[Oiee, pessoal! Finalmente consegui chegar com o cap., desculpem a demora, ok? A facul e os ajustes que eu precisei fazer no enredo atrasaram tudo… A boa notícia é que o próximo cap. já está quase terminado! 🙂 Logo, logo chego com ele por aqui 😉 Então, sem mais delongas… Boa Leitura! 💜]

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Depois de surgir sobre o solo poeirento e compacto de um mercado, sobre o tapete enfolhado da encosta de uma montanha e sobre o piso rico e lustroso do Salão de Dormir Imperial de Jade, Ji Min estava certo de que sempre teria um chão para recepcionar sua chegada em Park.

Acordar em queda livre, só com o ar a cercá-lo foi um baita choque de realidade.

O chão acidentado e de rocha cinzenta estava só alguns metros abaixo, a parte mais próxima dele ao menos. O problema era que Ji Min caía exatamente em direção à outra parte. Uma fenda escura, tão escura que não conseguia sequer ver o fundo sob as réstias de bruma da madrugada.

Um berro de horror escapou da garganta de Ji Min, seus braços e pernas se agitavam em impotência. O chão se aproximava depressa, era vertiginoso. Havia bem pouco que pudesse fazer, então tentou proteger a cabeça, pedindo a todos os deuses que não o deixassem morrer.

A fenda o engoliu.

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Ji Min acordou, sentindo-se desnorteado. O chão sob seu corpo era áspero e irregular, com pequenas protuberâncias — pedras, talvez? — pressionando dolorosamente sua pele através das roupas. Mas nem se ateve muito a isso, pois sua perna direita explodia de dor, especialmente abaixo do joelho. Soltou um grito horrível ao tentar movê-la e logo que bateu os olhos nela se arrependeu de ter olhado.

Ela estava inclinada demais para fora, com um grotesco calombo se insinuando à lateral da baji.

Quebrada. Indiscutivelmente quebrada.

Ji Min procurou manter a calma, qualquer movimento impensado poderia agravar ainda mais sua situação. Respirando fundo para se manter são em meio a dor, começou a sondar o próprio corpo atrás de indícios de mais fraturas ou ferimentos. Milagrosamente salvo por sua carne dolorida pelo baque contra o chão e alguns poucos arranhões, não sentia qualquer desconforto, além do advindo da perna.

Fez o melhor que pôde para não mover a metade inferior do corpo e olhou em volta, tentando se situar. O chão sob suas costas era de rocha, bem como já suspeitava, graças à sua carne magoada. Ambas as paredes ao seu redor também, altas e tão íngremes que a probabilidade de Ji Min conseguir escalá-las mesmo com a perna boa seria bastante pequena. O espaço no qual ele se encontrava não era grande, tinha pouco mais de um metro de largura e, ao esticar o pescoço para trás, viu que ia se afunilando até se acabar há pouco mais de dois metros, onde a rocha se unia novamente. Uma minúscula planta crescia no meio do caminho, junto à parede esquerda. A fenda era bem sinuosa do outro lado e fazia uma curva que não o permitia ver o que tinha adiante. Um tênue som de pinga-pinga vinha de lá, talvez fosse água. Ji Min torcia para que fosse.

O céu era um rasgo irregular azul-claro e branco metros, muitos metros acima do buraco no qual Ji Min se encontrava. O interior da fenda parecia obscuro se comparado à claridade dele. Havia perdido a consciência por algum tempo, o suficiente para que o Sol ocupasse seu trono. Ainda assim, não ouvia qualquer barulho, além do leve pinga-pinga, o que o fez suspeitar que aquela fosse uma região remota.

Ji Min prendeu o ar por um instante para controlar a dor e depois gritou o mais alto que conseguiu:

— Ei! Tem alguém aí?! — Apurou os ouvidos, torcendo para receber algum tipo de resposta, um simples barulho diferente do pinga-pinga já estaria bom, mas não escutou nada, nada, além dos ecos de sua própria voz. — Ei!

Outlander || YoonjikookOnde histórias criam vida. Descubra agora