Ela...
Ela não presta. Nunca prestou. Nunca se deu valor. Onde já se viu ficar de agarramento com um homem na frente de todo mundo?
"Safada"! Falaram pelas costas dela.
"Puta"! Gritaram para quem quisesse ouvir.
Em grupo de whatsapp, faziam piadas ofensivas a seu respeito. Na sua frente, a chamavam de amiga.
Contradições? Não, apenas hipocrisia!
Queriam ter sua coragem de assumir seus sentimentos. Queriam ser autênticos como ela e principalmente, queriam chamar a atenção. Não conseguiram.
A inveja os consumia. A maldade destilava de seus corpos. O veneno das palavras escorriam de suas bocas. Queriam que ela se encaixassem em um padrão, mas ela não era mulher de se encaixar em padrões.
Ela era única. Sabia o que queria e, mesmo tomando porrada da vida em alguns momentos, ela não desistia daquilo que queria.
Ela sempre teve seus próprios traços, uma coisa que a tornava singular num mundo acostumado com o plural.
Sempre teve linhas únicas, difíceis de dominar. É mulher, moça, menina, puta e santa. Ela sabia ser autêntica. Sabia que incomodava. Ela tinha uma luz própria que tentaram ao máximo apagar. Não conseguiram.
Ela continua brilhando. Ela nunca se importou com opiniões alheias. Era sempre foi dona de si mesma.
É fera, bicho, anjo e mulher. É dela e só dela e não de quem quiser!
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Sou fera, sou bicho, sou anjo e sou mulher!
Short Story"E eis que de repente ela resolve então mudar Vira a mesa Assume o jogo Faz questão de se cuidar Uooh Nem serva, nem objeto Já não quer ser o outro Hoje ela é o também". Pitty - Desconstruindo Amélia