🔱 Alada 🔱

8 4 0
                                    

Keith narrando...

Meus dedos estavam tão firmes no punhal enquanto adentrava em meio aos escudos e vigas. Algum resíduo fora jogado antes mesmo do ataque devido ao cheiro forte no local, pegos de surpresa por chamas como ratos encurralados, imaginei. Através da névoa percebi que o Corvo não me seguira, mais um motivo para evitar tal confiança.

Um grupo esquecido de espadas despencou por trás de uma espécie de  cortina grossa.

--- É a Keith... o-olá? Olá?

Tentei pisar nos pontos vazios ao solo ainda barrento

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Tentei pisar nos pontos vazios ao solo ainda barrento. Estiquei a mão esquerda para puxá-lá, ao dar mais um passo outra viga caiu.

--- Por fa-vor...

Ouvi do outro lado.

--- Quem está aí? Continua falando eu vou chegar aí.

A viga sustentou parte da cortina, por cima em meio a poeira vi um rosto não muito estranho.

--- Keith! Eu tô com a Eloisa aqui...

A voz falhava pela ausência do oxigênio, olhei para a primeira coisa possível para dar lhe uma chance,  rasgando um pedaço do tecido para que as duas pudesse por sobre o nariz.

--- Ela tá inconsciente.

A moça me parecia com a qual alertou sobre o Corvo na quase festa. Ela apenas assentiu à minha dedução.

--- Pode me dizer como isso começou? --- falei de súbito porém recobrei a urgência de partimos --- Não, vamos sair daqui primeiro.

Senti seu pulso no meu braço em seguida.

--- Leve Eloisa, eu não vou conseguir.

O tom temeroso dela acompanhou o olhar para uma das pernas, de fato não sustentaria seu peso, estava muito machucada.

--- Me desculpa... --- falei.

Passei a lâmina na estrutura de tecido da cabana do lado contrário da entrada.

--- Keith, seja discreta. --- disse ela, apenas puxei o canto da boca pelo o momento desconfortável. Apesar da boa intenção dela isso era quase impossível.

Passei os braços pelo o tronco de Eloisa colocando seu braço direito no meu pescoço e então atravessei a abertura. Uni a respiração junto a minha necessidade de sobreviver, forçando os músculos das costas para liberar meu lado strix, sendo uma híbrida isso se tornava difícil a menos que eu estivesse concentrada.

--- Vo-cê consegue! --- ouço a voz de Eloisa retornar bem como ela mesma. --- Pen-se Keith... em quem é você?

--- Eu...

--- É uma strix morta! --- reconheci o deboche da voz de Jac, aquilo me alimentou como um combustível. Fiquei alada no instante seguinte ao que Jac lançou suas duas adagas na nossa direção.

--- Essa doeu! --- sussurrei ao fechá-las entorno de mim e Eloisa.

--- É o momento de irmos Keith. --- diz Eloisa. --- Se ela ainda estiver lá... não se preocupe.

Que atrevida, pensei. Não era ela que tinha duas lâminas enfiadas na asa, além do mais devido a tanto empenho em entrar no acampamento, fora bastante energia gasta em um período muito curto.

Eloisa saltou por si mesma dos meus braços percebendo as marcas na minha asa, vi seu punho se esgueirar para mais adiante, conseguia ficar de pé apesar de estar abalada fazendo com que eu tivesse pouca confiança então movi devagar deixando uma pequena brecha para ver o ambiente a nossa frente e senti quando seus dedos puxaram a lâmina, fez me recuar.

--- Podia ter pegado leve garota! --- falo me recostando na cabana.

--- Mais leve impossível

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

--- Mais leve impossível... ela se foi. --- Eloisa se referia a ausência de Jac.

--- É ótimo que ela tenha cansado.

--- Significa que vai ficar sentada aí? --- A garota abaixou se verificando a mancha abaixo do ombro.

--- Em outras palavras, eu preciso de um fôlego para cicatrizar ou não vou poder carregar você.

--- Fica tranquila, já fez o bastante. --- suas bochechas com marcas de cinza passaram um breve OBRIGADA.

SÉLLON - Saga Rajadas de Vento - Parte IIOnde histórias criam vida. Descubra agora