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Alerta! Alerta!
Capítulo de transição!
Se parece que os eventos foram amassados juntos, é porque foram!
E diferente de mim a beta foi dormir em hora de gente normal então talvez o corretor tenha feito a festa

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Aquele tipo de encontro continuou acontecendo pelo resto da estação. Era proveitoso para ambos, mesmo que apenas depois do quarto Encre não desmaiava em algum ponto, apesar do cansaço nublando sua mente.

Foi algo que o trouxe bastante alegria, sob o êxtase que veio após o momento. Sob o luar, os olhos de Fallacy pareciam ter luz própria, os antebraços tinham o mesmo vermelho vivo que as pontas dos dedos, o resto era tão preto quanto o crânio.
Tê-lo o abraçar punha a imagem de ser tomado por uma sombra, os contornos charmosos enfatizados pelo luar que entrava pelas janelas. Foi o ponto em que o enxergou, não como vampiro ou rei, mas como seu amante.

O sentimento era mútuo, mesmo que expresso mais por olhares e toques do que por palavras, simplesmente porque não serviam sozinhas.
Apesar de continuar tentador, ainda mais depois de já ter sentido o gosto o sangue do pintor, não se atrevia a morder com força o suficiente para sangrar nos dias que seguiram. Podia ser perigoso, e preferiria evitar, se isso dava a certeza de que a sua obra prima viva duraria.

Isso foi até o final da estação se aproximar, e o sol começar a bater com mais frequência e força no gelo. Haviam terminado outra vez, e Encre tinha a cabeça apoiada no torso forte do vampiro. Céus, se acabasse se acostumando estava perdido.

-- É quase primavera... -- murmurou Encre em um momento, o cansaço saindo um pouco da voz.

-- Quase o retorno da beleza.

-- E o meu, para aquela casa.

Foi uma resposta rápida para se distrair do que escutou, mas não tinha como evitar o coro. Lhe parecia quase inacreditável que poderia ter versão ainda mais atraente de sua voz, mas ali estava, grave depois de fazerem sons de natureza nem tão questionável.

-- Não precisa, se não quiser. É bem vindo para ficar.

Não havia urgência no tom, nem na expressão, mas também não era exatamente casual. Era difícil descrever, mas claramente era de alguém que queria o que sugeria mas não queria forçar. Encre respondeu:

-- Eu posso considerar, mas não posso não voltar. Eu deixei uma pessoa esperando -- hipócrita -- e considerando os rumores que já existem eu prefiro não arriscar. -- um sorriso divertido apareceu no rosto com rubor colorido, e uma mão com espirais no punho subiu para tocar onde seria o nariz do vampiro -- E eu também não posso simplesmente largar o que eu passei sete anos em cima assim do nada, danado.

-- Imagino que não. -- céus, como era possível alguém que, por tudo que valia, poderia o tomar a força, parecer tão vulnerável? Se aquilo tivesse algo oculto por trás, era impossível ler -- E quando vou poder te ver de novo, se superstições têm papel nisso?

A mesma mão aninhou o rosto alheio, dedos contornando a marca azul naquele lado. Superstições, sim, mas também uma cobertura. Meia estação não era o tempo mais longo do mundo. A depender, podia ser tempo o bastante para seguir em frente...
-- Um mês.

-- Vou esperar.
A distância que existia entre os rostos foi maus uma vez fechada, o beijo cuidadoso e sem malícia, apesar do que havia acontecido a pouco tempo. Quão longo é um mês para um imortal?
-- Significa que vai estar de volta antes do equinócio.

Antes do dia da vida.

-- Apenas depois de chegar a primavera, então não precisa ficar remoendo agora.
Ir de não acreditar em vampiros para essencialmente marcar de se encontrar com um. Que crescimento.

Mas ainda era humano, ainda estava melhor de dia. Ainda dormia à noite e passava o dia quase à toa, e ia procurar seu amante razoavelmente cedo à noite - não se deve ser sujo na mesma medida que não se deve ser inocente, não ficavam juntos apenas por fornicação, ainda se falavam e buscavam se conhecer melhor.

Foi em uma dessas noites, depois que sua criança foi posta para dormir, que acabou pegando alguns sinais estranhos. Fallacy parecia estranhamente inquieto, e as mãos não deixavam o próprio colo. A primeira ideia foi tentar o relaxar aos poucos antes de pressionar o assunto, mas foi desnecessário: era, de fato, uma preocupação, mas não exatamente uma de dentro de casa.

-- Eu evitei o assunto porque queria ter certeza, mas seu menino é metade vampiro. Se ficar muito tempo sem beber sangue vai ficar doente de novo.

Um terço de chance, em parte até esperando, e mesmo assim escutar tão diretamente o pegou como uma batida. Se ele estava doente porque precisava de sangue, então para a "melhora súbita" acontecer... e quando parecia estranhamente interessado em suas mãos... talvez seja melhor manter a boca fechada sobre isso, podem soar como acusações.

-- Então, eu vou ter que alimentar ele com sangue?

-- Às vezes. -- o lord indicou o próprio ombro -- Já notou que esse tipo de mordida se cura bastante rápido, imagino, não é perigoso se há um intervalo.

-- Parece bastante tranquilo sobre isso.
Esperava que não tivesse soado muito como desconfiado. Estarem dormindo juntos já era uma mostra de confiança, seria um atraso a perder.

-- Não tenho nenhuma razão para ter algo contra ele.

Em parte, esperava que o alívio que sentiu não ficasse muito transparente. Era natural estar feliz que alguém que ama está seguro, sim, mas o medo que tinha de vampiros também terem algo contra meio-sangues era bastante real.
-- Entendo.

Havia ficado praticamente escrito no ar que não era tão recentemente que teve certeza, mas parecia um pouco com o tipo de entendimento que pode perder a força que tem se for dito em voz alta.

Era algo bom. Tinha algo para antecipar com desejo além de simplesmente viver outro dia que (provavelmente) era seguro o bastante para buscar.

Apenas precisava tapar um buraco para que nada dramático acontecesse por ir atrás desse "algo".

Uma pena que talvez um mês tenha sido uma escolha de tempo longa demais.

Vampire Verse - Sun and MoonOnde histórias criam vida. Descubra agora