Entrevistas - Concurso Com a Coroa

👑|• Entrevista= Victor de Paula

Categoria vencedora: Poema
Obra: A luz no Bolso
Autor: VPLopes21

|•👑 1. Nome?
R= Meu nome artístico é Victor de Paula.

|•👑 2. O que te inspirou a escrever?
R= Sinceramente, não tenho muito o que poetizar em cima dessa resposta. Eu comecei a escrever porque gosto e porque quis. Porque é uma das únicas coisas que me considero razoavelmente bom fazendo. Eu poderia dizer que escrevo para "mudar essa realidade cruel", ou "construir pontes para um futuro melhor", ou algo do tipo. Mas não. Escrevo por mim (e isso é bem egoísta e narcisista, não?), mas também porque alguém pode gostar desses meus devaneios loucos. E se por acaso eu acabar "construindo pontes para um futuro melhor", assim meio sem querer mesmo... Bem, que bom! Dois coelhos com uma cajadada só.

|•👑 3. Escritores que te inspiram fora da plataforma?
Nossa. Fora da plataforma, dezenas. Mas vou listar alguns: Mario Quintana, Cruz e Sousa e Florbela Espanca (poetas), Caio Fernando Abreu e André Santana (contistas), Martha Medeiros e Carlos Drummond de Andrade (cronistas), e também John Green, Stephen King e André Aciman (romancistas). Como eu disse, alguns! Que eu amo.

|•👑 4. Conte-nos um pouco sobre a sua obra
R= Bem, a ideia de "A Luz no Bolso" surgiu com/a partir da minha (que repito sempre) editora
bailarinanacaixinha. Ela começou a divagar comigo como seria se eu fizesse uma coletânea de poemas. E a partir disso começamos a dividir o livro em partes, (coisa que cada um pode conferir acessando o livro) por exemplo: a ideia de que o livro se subdividiria em uma seção que trabalhasse com poemas mais sentimentais, outra que tratasse de reflexões e mais uma que tratasse de experimentações estéticas. E eu quis, durante todo o livro, trabalhar com essa diversidade: tanto nos temas quanto na estrutura dos próprios poemas. Sendo assim, folheando o livro, você pode literalmente ler um episódio bíblico e acabar indo parar em um soneto cheio de palavrões.

|•👑 5.Qual é o gênero que você não faria ou que acha que tem maior dificuldade?
R= Eu não gosto disso de me impor limites ou dizer "eu NUNCA escreveria tal coisa ou tal gênero". Mas um gênero que, no momento, eu não me vejo escrevendo é livro de autoajuda ou religioso. E livros que acho bem difíceis de escrever, mas que me instigam bastante, são os de mistério, terror e fantasia. Quem sabe um dia.

|•👑 6. Em suas histórias, o que você considera seu ponto forte?
R= Bem, enquanto poeta, eu gosto do meu dinamismo de, por exemplo, sair de um poema recatado e religioso para logo em seguida partir para um poema cômico, ou erótico, ou debochado, romântico, melancólico, etc. Assim como adoro brincar de escrever poemas longos, curtos, sonetos, versos livres e brancos, quadras, enfim. Agora, enquanto prosador, escrevendo histórias mais elaboradas, gosto de brincar nas narrações. Adoro jogar com a minha escrita, sendo mordaz e crítico em minhas descrições e narrações, e ao mesmo tempo ser sucinto nelas. Não gosto de encheção de linguiça quando o assunto é escrita.

|•👑 7. Você pretende levar a escrita como um hobby ou uma profissão?
R= Com certeza sim. Ainda que não escrevendo, mas revisando, ensinando, diagramando, produzindo, editoriando e afins. Eu amo o mundo da literatura, e acho que ele sempre estará presente na minha vida, de uma forma ou de outra.

|•👑 8. É escritor a quanto tempo?
R= Não sei dizer ao certo. Acho que começou comigo escrevendo roteiros, esquetes para a Internet. Nessa época eu devia ter uns 12, 13 anos. Fui cativado por vídeos como os do Porta dos Fundos, e me aventurei a escrever comédias breves. O projeto nunca deu certo, porque eu era só um garoto de 12 anos implorando para que meus amiguinhos que só queriam brincar de pique-esconde me ajudassem a gravar meus textos. Mas, ainda assim, tenho todos os roteiros que escrevi nessa época guardados com muito carinho, e me vejo vez ou outra folheando-os. Lembrando onde eu estava quando comecei. E amando o sentimento de pureza que isso me traz.