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    ----- Roupa da Luna na multimídia-----

E lá estava eu, no carro da assistente social olhando pelo vidro do carro as ruas de All Valley, era lindo, isso eu não podia negar mais a situação que eu me encontrava era uma droga.
    Após a minha mãe ser pega vendendo droga a mesma foi presa, mais eu não estava lá para ver tal cena, fiquei quase 6 meses no reformatório infantil do México por agressão, uso e venda de drogas ilícitas e desacato a autoridade, na minha opinião foi bobeira essa última nem foi desacato DESACATO, eu só mandei aquele idiota daquele polícial pra casa só caralho.
      Após essas lindos seis meses um velho ricaço que se diz padrasto do energúmeno do meu doador de esperma me descobriu e pagou a minha fiança, porém, aquele velho do caralho fez isso para me fazer morar com o meu pai e vê se ele "ganha juízo", e agora estou aqui indo para um dojo de karatê para a assistente social falar com o alecrim dourado já que ele não atente o celular.

-O Carmen véi pode me deixar aqui ninguém vai saber, juro. - tento argumentar com a assistente

-luna ele é seu pai uma hora ou outra você vai ter que conhecer ele, você não tem com quem ficar, sem falar que eu não viajei do México até aqui pra postar storys. -falou como se falasse com uma criança de 5 anos.

-aff, o que é seu tá guardado viu.- falo zuando com a mesmo.

- era pra dar medo anjo, porque não deu certo.

-ta bom o sem graça, mais pode pelo menos tirar essa algema, tá machucando.-e realmente estava.

-luna você deformou o rosto de um policial essa algema você não tira até eu estar bem longe de você garota- diz com ironias

-arrasei né a mãe é top- ela me olha com deboche

-isso não é brincadeira, você foi quase realmente presa Luna, você só tem 16 anos não devia fazer nem metade das coisa que você fez - diz seria me olhando pelo retrovisor já que um policial qualquer estava dirigindo.

- você sabe que eu não me arrependo, tive um motivo e nem com os seus discursos vai me fazer mudar-digo olhando pelo vidro as ruas ensolaradas de All valley.

-e é disso que eu tenho medo. - diz apreensiva.

      Fico pensando em como vai ser a minha vida aqui, viver com o meu "pai",sempre soube que ele sabia da minha existência, por um tempo eu até pensei que ele fosse voltar e iríamos ser uma família feliz, sem aqueles homens que a mamãe levava para casa, que eu finalmente não ia ser a única criança a ficar sozinha no dia dos pais, ou dar o cartão para algum tio aleatório, que ele ia me proteger e me ensinar a andar de bicicleta, porém, com o tempo eu fui percebendo que isso nunca ia acontecer, que igual o papai Noel não existe, o meu pai nunca ia vir.
     Sai dos meus pensamentos quando o carro parou.

-Carmen por favor não,eu..eu, eu faço o que você quiser, posso ir para a escola, paro de brigar com as pessoas e te arranjar problemas eu juro, juro por tudo e todos que você quiser que eu melhoro, eu viro até santa se você quiser deixo qualquer santa no chinelo, mais por favor não me manda pra lá, não pra ele.-digo com a voz embargada, a única âncora que eu tenho no meio de toda essa merda é pensar que talvez ele não saiba, que talvez minha mãe nunca tenha contado, é a única coisa com qual eu me apego,já não basta a praticamente rejeição da minha mãe eu não vou aguentar a dele também, não a dele, simplesmente não vou.

-eu sinto muito Luna. - ela falou me olhando com pena, Deus como eu odeio quando me olham com pena, eu não preciso da pena de ninguém, nunca precisei.

   Respiro fundo controlando a vontade de abrir a porta desse carro e sair correndo, de gritar para todos ouvirem que não precisam ter pena de mim.
   Até o tal polícial estava me olhando com o cenho franzido, eu avia ficado o caminho todo com a minha posse de durona e agora está aqui,quase chorando para a assistente não me levar.

Luna Lawrence- a princesa do karatêOnde histórias criam vida. Descubra agora