foi bom te ver.

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Horas passam e o brilho da principal estrela começa a se agravar. O vento ficava cada vez mais forte, tenho medo do vento acabar derrubando minhas tintas.

A birra que aquele garoto fazia irritava meus ouvidos, não aguentava mais, ele sempre pergunta se eu já acabei minha obra repetidas e respetidas vezes, até desisto de pintar mais detalhes só para acabar logo de uma vez.

Quando finalmente dou a última pincelada suspiro cansado, minhas costas estão acabadas. Olho para o lado e vejo ele quase dormindo de tanto esperar, mas ele continua perguntando.

— Já acabou? — dessa vez perguntou com a voz sonolenta.

— Sim, já acabei. — respondo. Vejo que ele arregala os olhos e já se levanta do chão, ele demonstrava energia agora.

— Finalmente, hein. — reviro os olhos por seu comentário.

— Posso ver agora? — ele pergunta sorrateiramente.

— Feche os olhos. — dou a ordem e vejo ele tampar os olhos com as duas mãos, uma em cada olho.

Conduzo ele segurando em sua cintura e o boto de frente para tela.

— Pode tirar as mãos dos olhos.

Ele tira e quando finalmente olha para tela fica abismado, sua boca se abre e seus olhos se arregalaram. Ele pisca várias vezes e me olha, ele tenta falar algo mas nada sai. É, ele realmente ficou surpreso.

— É.... É muito.... Lindo.... Lindo é pouco na verdade.... Está definitivamente perfeito!!! — ele elogia. Seus olhos se fecham enquanto sorria até ficarem como risquinhos. Sorrio com o elogio e com seu semblante.

— Muito obrigado! — agradeço sorrindo.

— Posso levar esta tela para casa? — ele pergunta ainda sorrindo.

Que?

— Como assim? — vejo seu sorriso desaparecer lentamente e me lançar um olhar confuso.

— Levar para casa ué, achei esta pintura tão angelical que eu quero levar para casa, se você não quiser eu entendo até porque a- — o interrompo.

— Não precisa, pode levar.

— Obrigado. — agradece e abre um sorriso mostrando todos os seus dentinhos.

— A propósito, qual o seu nome? — ele pergunta.

Ficamos tão distraídos que nem nos apresentamos. Misericórdia.

— Wooyoung, Jung Wooyoung. — respondo.

— Prazer, Wooyoung. Me chamo Choi San. — ele estende a mão e o aperto como forma de cumprimento.

— Prazer é todo meu, San!

— Vou bater uma foto do quadro para ficar na lembrança.

Tiro o celular do bolso e fotografo a bela pintura a minha frente. Eu quero fotografar o San ao lado do quadro para provar minha nova inspiração e esfregar na cara de Yeosang.

— San? Pode ficar ao lado da tela para eu tirar uma foto? — pergunto com um pouco de receio, acho que ele não vai aceitar.

— Claro, Woo.

Ele me chamou pelo apelido? A intimidade foi longe.

Ele se posiciona fazendo uma pose engraçada e sorri, acabo rindo por seu gesto e fotografo.

— Prontinho, San.

Recolhi meus materiais e tiro a tela do apoiador, entrego a tela para um San com um sorriso radiante. Caminho para a saída do local e ouço a voz de San.

— Foi bom te ver. — paro o trajeto e olho para trás, ele acena para mim e faço o mesmo.

— Foi bom te ver também.

金  ≀  théâtre et art  " woosanOnde histórias criam vida. Descubra agora