The Last Drop Of Blood (Thorki Mpreg)

VI Tentativa

Loki andava sem rumo enquanto pensava no que faria, agora estava sozinho e sem uma nave. Precisava encontrar abrigo, viu de longe o que parecia uma caverna e decidiu aproximar-se. Averiguou o território e depois que se certificou de que não havia ninguém, fez uma fogueira para aquecer o ambiente. Posicionou uma pedra próxima ao fogo e sentou-se nela. Mesmo com o fogo, o clima continuava esfriando e depois de um tempo olhando para fogueira lembrou-se de Shanti e ficou com raiva. Na sua percepção pensava que ela preferia de alguma forma o hospede indesejado do que o hospedeiro, o próprio Loki no caso. Tirou da mochila uma cerveja e começou a beber, planejava ir até a estação onde os inimigos estavam e se arriscaria com o intuito de roubar uma nave e algumas armas. Com o frio que fazia não duraria muito tempo naquela caverna. Como estava escuro, decidiu dormir um pouco e fez da mochila de mantimentos um travesseiro, assim se alguém mal-intencionado quisesse roubar ele acordaria. Repousava quando acordou com a barriga doendo de fome e o bebê chutando. O ronco havia cessado, mas a criança seguia inquieta pedindo por comida. Loki tentava ignorar, estava realmente cansado, já que bebê além de tudo também tomava sua energia. Quando sentiu mais um chute, sentou-se e furioso começou a falar olhando para barriga.

-- Eu odeio você. Por que não pode simplesmente morrer? Isso facilitaria as coisas. – Perguntava tirando sua capa e a enrolando de modo que ficasse como um torniquete. Tirou uma adaga antes escondida na roupa que usava e ergueu o que cobria sua barriga, ao ver aquilo notou o quão volumoso estava. Suspirou, posicionou a adaga e tinha planos para depois que fizesse o desejado envolveria a si colocando a capa enrolada envolta da região perfurada e com cortes para que não perdesse muito sangue. Suspirou antes de cometer o ato e esfaqueou o próprio baixo-ventre. Urrou de dor, não pensava que a sensação seria tão intensa. Ao remover a lâmina percebeu a quantidade de sangue e assustou-se, sentiu-se tonto antes que pudesse envolver-se com o torniquete e com a vinda da fraqueza apoiou-se na parede rochosa. Tentou mais uma vez envolver-se com a capa, mas estava fraco, passou a ver tudo duplicado até a hora que apagou. – Morra... – Murmurou baixinho desejando que a criatura dentro de si parasse de se movimentar, de existir. Caído, abriu os olhos algumas vezes e tinha impressão de enxergar flashes de diferentes lugares enquanto sentia estar sendo carregado. Estava cansado, desistiu de manter os olhos abertos e descansou.

Loki acordou grogue, estava em uma cama com lençóis brancos em um quarto com paredes da mesma cor. Com os olhos semicerrados quis levar a mão até sua barriga para conferir se o que julgava ser o "maldito volume" ainda estava ali, mas percebeu que seu braço estava amarrado na cama. Quando se deu conta da situação, arregalou os olhos e tentou se soltar puxando as algemas. Forçou até os pulsos ficarem roxos. Estava com as duas mãos presas, cada uma em um lado da cama. Gritou ao ver que estava realmente preso e ouviu a porta um pouco distante se abrir, rapidamente direcionou o olhar e viu um homem entrando. Ele era alto, usava roupas negras e óculos escuros, não tinha cabelos e era de pele bem clara.

-- Loki Laufeyson. – Ele disse se aproximando e passando os dedos na grade que a lateral da cama tinha.

-- Apenas Loki. – O deus da trapaça disse e puxou as algemas movimentando as grades. – O que você quer? – Perguntou, o homem se afastou um pouco e o observou durante um minuto.

-- Essa camisola te caiu bem, deixa bem aparente... você sabe. – Ele fez com a mão um movimente de meia lua referindo-se à protuberância na barriga de Loki, que se enfureceu, mas suspirou e tentou se acalmar.

-- Diga o que quer. – Mandou engrossando a voz.

-- Sua cooperação.

-- Para quê?

-- Nos leve até o Tesseract. – O homem disse firme e Loki riu.

-- E por que eu cooperaria?

-- Por que posso libertá-lo do seu pesadelo. – Ele apontou para sua barriga.