Em algum lugar do mundo, 18 de julho
-Quando tudo isso começou?
Essa era a pergunta que andava-me perguntando frequentemente. Quando foi que me apaixonei por você? Meu moreno problemático.
-Será que foi quando te vi pela primeira vez?
Lá estava você, sentado em um banco qualquer do parque, lendo um livro qualquer, em um dia qualquer. Roubaste com certeza toda beleza do mundo para você, devia ser preso por prender qualquer um com seus olhos azuis tão claros como se fossem brancos.
Errar uma batida do coração? -Que coisa clichê. - Isso era o que pensava até você aparecer.
Durante anos fui sempre o mesmo cara preguiçoso e de bem com a vida de sempre. Sabe a verdade é que: minha vida estava boa do jeito que estava, era simples, uma vida comum e cansativa como uma vida normal é. Não existia brigas, ciúmes, compromisso, e nada que agora me dá dor de cabeça.
-Por que eu me apaixonei por você naquele dia no parque? - A culpa é sua de ter sido capaz de me hipnotizar apenas com seu olhar lançado para minha direção. -Por que senti aquele frio na barriga e o arrepiar dos pelos quando meu olhar encontrou o seu? - Parecia que havia acabado de tomar um banho quente e de repente um balde cheio de água gelada foi jogado em mim.
Depois de ter aquela sensação você não saiu da minha cabeça, eu trabalhava pensando em você, eu sonhava com você, estava longe de tudo e de todos, só havia você. Aquilo tudo era tão problemático e novo, -O que você fez para mim? -
Devia ter tomado uma iniciativa? Pegado seu número ou pelo menos ter me aproximado para dizer "oi"?
Uma semana depois me culpava internamente por ter sido um idiota e ter te deixado no parque enquanto me olhava dar as costas e seguir meu caminho. Mesmo sendo inteligente e perfeitamente estrategista, nunca fui muito bom nesse lance de "amor", sempre odeie tudo relacionado a ele.
O tempo passou, o inverno chegou e junto dele trouxe a neve que caia lá fora da empresa. A neve me lembrava você, mesmo não te conhecendo muito, pude naquele dia notar sua pele... -Tão branca como a neve. Não era muito em acreditar em contos infantis, mas estávamos perto do natal, era a época de o tal "papai noel" aparecer, como dizem "esperança é a última que morre".
Naquela tarde olhando para a grande janela de vidro da empresa que trabalhava, fechei os olhos e cruzei os dedos pedindo quase implorando você para mim:
"-Olha velho Noel... Não fui nem de longe a melhor pessoa nesse ano, fiz muita merda, imaginei muita merda, falei muita merda, e agora estou falando "merda" de novo! -Me culpei mentalmente. -Mas se for possível eu queria um presente de natal exclusivo, não sei o nome, não sei a idade, não sei nenhuma informação pessoal, mais por favor me deixe ver aquele moreno com os olhos claros e cabelos longos de novo? "
Bom se o coroa fosse foda mesmo, ele realizaria meu pedido.
Com medo de abrir os olhos e um pouco inseguro eu fiquei uns dez minutos com os olhos fechados, vai saber se o velho não precisava de um tempo?
Depois dos dez minutos mais longos da minha vida finalmente abri os olhos, claro primeiro dei aquela espiadinha com um olho só.
-Por isso eu não acredito em você. -Disse indignado voltando à minha postura despreocupada de sempre.
-Oi com licença você poderia me ajudar? -
Tinha até me esquecido do meu trabalho.
-Claro. - Respondi me virando.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Adorável Presença -ShikaNeji
Fanfiction-Quando foi que me apaixonei por esse moreno problemático? - Realmente não fazia ideia... Só sei que agora não consigo mas deixar de ficar sem a sua presença.