Capítulo Único

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Eu tô terminando uma jikook pwp e devo postar logo, mas deu vontade de escrever algo mais levinho e bobo, então quis postar essa one pra vocês pq fazia tempo que eu não escrevia jikook papais. 

Espero que gostem <3

-x-

Geralmente Jeongguk não encararia a babá eletrônica por tanto tempo, primeiro porque, em um dia comum, dado ao luxo de estar dormindo às 2:30 da manhã, o Jeon com certeza estaria desfrutando da oportunidade. E, segundo, porque parecia bizarro. Seu bebê era fofo, ok? Mas já tinha visto filmes de terror o suficiente para saber que encarar a babá eletrônica nunca terminava em coisa boa.

Mas àquela noite não conseguia dormir. Seu streamer favorito já havia encerrado a live e Jeongguk tentou pegar no sono, mas sua mente não desligava. Olhava para o lado e via que Jimin só faltava babar, devia estar no décimo segundo sono e o beicinho enorme que fazia indicava que estava extremamente confortável. Parte sua queria ser malvada e fingir um tapinha ''sem querer'' em seu rosto para que acordasse, pelo menos assim teria alguém para conversar, ou só assistir alguma coisa. Poderia assistir sozinho, é claro, mas era legal ter alguém para comentar, e era mais legal ainda que Jimin estivesse assistindo uma de suas séries favoritas, e Jeongguk se divertia com as expressões e as perguntas desesperadas que o marido fazia. Soltava um chocado ''Fulano morre?!", ou, ''Ele não vai contar que o menino tá vivo??'', e o clássico ''Não acredito que era esse desgraçado o tempo todo''.

Jeongguk estava quase mesmo considerando o tapa.

Porém, antes que pudesse pensar mais no assunto, Light se mexeu em seu bercinho, o que não era incomum, tinha puxado isso de Jimin, era até perigoso dormir perto do bebê, no começo tinham medo de amassá-lo se deixassem na cama do casal, mas agora tinham mais medo de acordar com um olho roxo ou um chute no estômago. Ok, Light não tinha exatamente força pra isso ainda, mas um dia ia ter, e então estariam fritos.

O bebê se sentou no bercinho, não parecia que ia chorar, mas parecia incomodado, precisando de alguém. Jeongguk logo jogou o edredom de lado, saindo da cama e andando até o quartinho do bebê, ao lado do seu. Assim que entrou, Light levantou os olhinhos em sua direção e Jeongguk quis chorar com o sorriso que o bebê lhe direcionou. A luminária de estrelinhas e planetas rodava num ritmo lento, e Light quase parecia fazer parte de uma constelação, a mais bonita delas, com certeza.

Pegou o bebê nos braços, que rapidamente deitou a cabeça em seu ombro. Jeongguk cheirou os cabelinhos escuros. Cheiro de Light.

— O que 'tá fazendo acordado essa hora, Light Parmalat?

O bebezinho, de apenas seis meses, se aconchegou em seu corpo, e Jeongguk entendeu imediatamente, afinal, também se sentia daquela forma às vezes. Mais vezes do que podia contar, para ser honesto.

— Hmm, eu sei, eu também gosto de ficar abraçado com você.

Foi o que disse, mas não tudo o que gostaria de dizer.

Eu também gosto de ficar abraçado com você. Desde que eu te vi, pela primeira vez, eu quis te segurar pra sempre, mesmo que um dia você esteja grande demais para caber nos meus braços, ou eu esteja fraco demais para te levantar. Sempre que eu via papais e mamães com seus filhinhos eu me perguntava como era ter alguém para cuidar e amar tanto, alguém tão dependente e frágil, e quando você chegou eu percebi que é você quem me deixa frágil e dependente. Talvez seja você também que cuida de mim a maior parte do tempo, e que me ama de uma forma que eu nunca pensei ser amado na vida. Não é como se eu não tivesse conhecido o amor antes, mas agora é como se eu tivesse conhecido todas as partes que pareciam vazias ou bagunçadas demais.

Another Light (pjm + jjk)Onde histórias criam vida. Descubra agora