"De todos, tinha que ser ele"

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N/a- Os pensamentos serão escritos em itálico.

***

Acordei num baque surdo.

Após aparentemente cair da minha cama.
Enquanto minha visão tentava se acostumar a luz que escapava das cortinas, sentia a dor em minha bunda se tornar intensa.

Olhei ao redor devagar
Esse com certeza não é meu quarto...!?

O cômodo era pequeno, e velho...

O quarto possuía somente uma cama, logo atrás de mim, uma cômoda pequena ao lado, uma mesinha de centro com cadeiras enferrujadas e sujas.

O lugar só não estava totalmente escuro por conta da janela aberta.

Quando eu vim parar aqui? 

Minha cabeça por algum motivo doía, como se a tivesse batido ao invés da bunda. Por conta disso, não conseguia reunir meus pensamentos, muito menos esclarecer em minha mente como e quando eu vim parar num lugar totalmente estranho como esse.

Antes que pudesse raciocinar algo mais, ouvi um choro infantil, estridente e completamente irritante, porém familiar, fora do quarto onde estava.

Quase que instintivamente, me levantei e caminhei para fora do comodo, dando de cara com um corredor aberto, somente uma velha e desgastada sacada separava o primeiro e o segundo andar da casa.

(É difícil descrever, então vou colocar uma foto, mas claro, as escadas e o apoio eram de uma cor seca de marrom, velhas e enferrujadas)

(É difícil descrever, então vou colocar uma foto, mas claro, as escadas e o apoio eram de uma cor seca de marrom, velhas e enferrujadas)

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O grito insistente de, aparentemente, uma criança ainda ecoava pela casa e meus ouvidos. Apressei os passos chegando numa porta já aberta do segundo andar, ao entrar, percebi ser um quarto também.

O quarto também tinha uma cor opaca de marrom, era menor que o anterior e antigo. Havia uma pequena cama, uma estante de livros, uma cômoda infantil já desgastada e pequena, e uma caixa de poucos brinquedos antigos e quebrados. O quarto também fora iluminado somente pela janela aberta.

E no meio do local, no tapete aveludado, uma criança, sentado desajeitadamente com os braços no rosto já inchado e vermelho de tanto chorar.

Sem querer deixei escapar uma risada amarga.

Você está brincando comigo, só pode!

Me aproximei devagar, no entanto, a criança levantou a cabeça em alerta, aparentemente percebendo minha presença. Seus olhos grandes e esverdeados me encaravam com curiosidade, enquanto seu choro estridente por fim cessava e as ultimas lágrimas escorriam por suas bochechas carnudas.

Parei suspirando fundo. Com toda a certeza eu conhecia essa criança.

De repente o pequeno fechou fortemente os olhos e abriu a boca parecendo que ia explodir em gritos novamente. Portanto, eu me apressei em pegá-lo no colo e tentar acalma-lo, dando tapinhas em suas costas enquanto caminhava lentamente para não assusta-lo e sussurrava palavras de conforto em seus ouvidos.

Misericórdia, esse garoto não é normal! (Fic Em Transferência)Onde histórias criam vida. Descubra agora