Cap. 1

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- Não seja egoista, garota! - ela diz gritando e pegando meu dinheiro, jogando a carteira no chão.

- Você não pode fazer isso, esse dinheiro é meu. - eu disse me levando do chão, após ela ter derrubado.

- Não grite comigo menina! Respeite a sua mãe. - ela diz dessa vez me derrubando de novo com um chute.

- Eu te odeio. - eu digo com um olhar de dor, já chorando no chão frio com as mãos na barriga.

- Quem se importa. - ela diz contando as notas.

- Não se esqueça de lavar a louça e arrumar a sala, esse lugar está uma bagunça.

Como se não fosse ela quem estivesse dado umas das suas festas, fazendo uma enorme bagunça.

Um carro buzinou na porta de casa, e ela parou rapidamente de contar o MEU dinheiro e foi até a janela.

- Aí, ele chegou finalmente. - ela diz acenando na janela, animada e com um sorriso no rosto.

- Você entendeu o que eu disse não é? Arrume isso porque hoje a noite vou receber uma visita. - fala ela se virando pra mim. 

- Entendeu? Eu não criei uma filha sem educação.

O tom de ironia na voz dela me irrita.

- Tá bom, já entendi. - eu digo levando o rosto, olhando para ela com cara de nojo.

- Não seja assim, já é muito difícil olhar pra você todos os dias e ainda vem com essa cara, não me faça vomitar. - assim que ela fala a buzina zoa mais uma vez.

- Hey, já estou indo. - ela fala pela janela com um sorriso de orelha a orelha.

- Não ouse em me desobedecer garota. -  foi a última coisa que ela fala antes de me deixar no quarto sozinha.

Me levando e vou até a janela ver se ela se foi, vejo ela empolgada entrando no carro, dando um beijo no cara e assim ele da a partida indo embora.

- Vadia.

Vou até a cama e me deito, levantando a manga da minha blusa coçando o meu braço com feridas, dando um suspiro longo.

Depois de alguns minutos deitada pensativa, eu descido arrumar essa maldita casa, começando pela sala que estava uma zona. Desço as escadas, virando a direita dando de cara com aquela bagunça.

Começo a arrumar e vejo uma camisinha usada e amarrada.

- Maldita, velha porca.

Assim que eu terminei de arrumar a casa, eu fui tomar um banho longo, chegando no banheiro eu tranquei a porta, e tirei minhas roupas, deixando à mostra minhas cicatrizes, me olhando no espelho.

- Você é mais bagunçada que essa casa stella. - eu digo para meu reflexo no espelho.

- Não seja assim, já é muito difícil olhar pra você todos os dias.

Passo meus dedos entre as cicatrizes, e meu corpo, minha barriga e até meus peitos, com um olhar de nojo sobre mim.

Nojenta.

Vou em direção ao chuveiro, e olho para cima fechando os olhos antes de ligar. Sinto a água quente percorrendo entre meu corpo, sentindo uma ardência na minha coxa por conta dos cortes.

Olhava as águas descendo pelo ralo debaixo dos meus pés.

Pensava constantemente em fugir desse lugar, mas eu iria para onde? Não tinha outros familiares. Nunca pensei em procurar o David, meu pai, ele fez aquilo em que eu sempre penso. Fugir.

psychopath in loveOnde histórias criam vida. Descubra agora