capitulo I

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Me encontro no bar, andando vagarosamente em direção ao Shoriya não muito distante. Sento me ao seu lado por um instante e resolvo quebrar o silêncio

— Hey, Shoriya — Rapidamente o tomo sua atenção sendo esse meu objetivo principal, sorri ao ver sua expressão intrigada, apoio-me sobre a bancada para ver melhor sua face

Seus olhos marrom transbordam a curiosidade, me pergunto se ele tinha em mente que foi aquele olhar que matou o gato

— Quem és tu? — Ele disse num tom desinteressado e voltando atenção a sua bebida e ao jogo de futebol na televisão daquele bar

Aproximei-me perigosamente passei a mão pelos seus cebosos fios de cabelo, como se tivessemos alguma intimidade, ele não liga e isso me irrita, desço minha mão até ao queixo e faço-o olhar para mim a força

Vamos lá, estou num bar, acho que o cheiro da bebida me deixou bêbada o suficiente para admirar seus lábios carnudos antes de prova-los por simples impulso, e foi desse choque que me aproveitei e coloquei um localizador

— Tua perdição — sussurrei no seu ouvido dando ênfase no duplo sentido da palavra — Teu anjo da morte

Corrigi me afastando rapidamente e fingindo olhar o cardápio de bebidas na tela de cores néon

— Que? Como te auto declaraste dona do meu futuro? — Não prestava atenção nele, mas o riso debochado era perceptível a distância e o olhar quente vagando pelo meu  vestido justo roxo... chegava a ser vergonhoso

— Deixa que eu explico — Peço rapidamente uma bebida ao garçom, qualquer coisa que não me deixasse distraída, cruzo as pernas me virando a ele novamente — Não estou feliz com teu modo de viver caro traficante e bom... vim satisfazer meu chefe, acabando com você

E ele revira os olhos como se tudo que eu havia dito fosse irrelevante, mesmo assim, mantenho o sorriso e passo a me concentrar na sua estrutura corporal, pouco visível devido ao seu jeito formal de se vestir

— Acabar comigo? De que jeito? Olha não sou tão fraco que não possa aguentar uma noite — Ele entendeu o que eu quis dizer, mesmo assim apelou pela malícia — Devo me sentir honrado?

— Facas ou armas — Digo já irritada com sua ironia

— Tua cama, serve?.— Continuou debochando

Aquela situação estava a ficar patética

— Some da minha visão, se eu te achar em 5 minutos o último pedido que terás será a cor do teu caixão — Digo plena pegando a bebida oferecida pelo garçom e abano suavemente a taça

Ele se levanta e sem uma palavra sai calmamente, encarro aquele ato como uma subestimação, tirei uma adaga na minha bota preta de couro e atirei falhando o alvo

Ele virou para mim e sorriu de lado, quase que podia ler seus pensamentos perversos antes de vê-lo sumir

— Até que posso me aproveitar dele... — Penso alto ativando o localizador

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