The Final Horcrux - |tradução|

CAPÍTULO 8

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Harry acordou com o rosto enterrado no ombro de Severus e segurando a cintura do homem. Severus havia entrelaçado suas pernas novamente, mas desta vez, Harry não queria escapar. Ele se sentiu como se alguém tivesse socado uma vara em seu peito. Remus se foi... desaparecido... provavelmente morto. As pessoas não simplesmente 'sumiram' com Voldemort correndo enlouquecido por toda a Grã-Bretanha, por mais que Harry quisesse negar.

A vontade de chorar o dominou mais uma vez, mas pelo bem de Severus, Harry manteve as lágrimas silenciosas desta vez. O homem o segurou por horas na noite anterior, garantindo a Harry uma e outra vez que o desaparecimento de Remus e a provável morte não eram culpa dele. As palavras ajudaram na hora, aliviaram uma dor horrível em seu estômago, mas à luz do dia, Harry não negaria a verdade.

Enquanto Remus estava desaparecido e talvez morrendo, Harry estava vagando pelo interior da Escócia e ignorando seus deveres. Severus insistiu várias vezes para que ele se apressasse e traduzisse o livro, mas Harry continuou empurrando-o para trás, empurrando-o para longe.

Ele havia procrastinado Remus até a morte. Ele foi culpa dele, não importa o que Harry não tinha matado o homem. Se ele não tivesse adiado a leitura do diário ontem, talvez já soubesse onde estava a última horcrux e como finalmente encerrar a guerra. Ainda assim, ele tinha medo da maldita coisa, e agora Remus se foi. Era tarde demais.

Harry segurou Severus e, apenas por um instante, enterrou a cabeça no peito do homem, ouvindo seus batimentos cardíacos. O calor de Severus e o som de sua vida, a sensação do homem envolto em torno dele, o cheiro de sua pele aquecida pelo sono deram a Harry a força de que precisava para se livrar com cuidado e caminhar até a mesa. Depois de pegar uma colcha da outra cama e lançar um feitiço para aquecê-la, ele se enrolou em uma poltrona e traduziu. Um bloco de notas próximo e uma caneta esferográfica forneciam uma maneira prática de registrar sua tradução oral, e o som da respiração de Severus o mantinha ancorado no trabalho vil e de gelar a alma.

Então ajude-o, ninguém mais morreria sob seu comando. Ele teve seu momento de jogo. Agora era hora de trabalhar, lutar e acabar com a guerra antes que mais amigos queridos morressem.

Harry não achava que poderia sobreviver se perdesse mais alguém que amava. Ele não sabia se iria querer.

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Severus acordou com cobertores frios e uma cama vazia, e por um momento terrível, ele temeu que Harry o tivesse deixado sozinho. Cansou-se de seu sarcasmo e de sua estranheza e o deixou morrer. Mas não. Harry tinha ido apenas se sentar à mesa.

Do seu canto tranquilo da cama, Severus o observou despercebido. Harry estremeceu em sua colcha, murmurando para si mesmo e escrevendo algo à luz de um Lumos fraco . A expressão do jovem alternou entre concentração intensa e horror absoluto. Enquanto Severus observava, o horror novamente tomou conta das feições de Harry e uma lágrima caiu do canto de sua mandíbula.

O jornal. Harry odiava traduzir, especialmente sozinho, mas ele aparentemente deixou seus medos de lado depois de ouvir sobre o desaparecimento de Lupin. Sua morte, mais provavelmente. Severus sabia bem que, nesta guerra, as pessoas desapareciam permanentemente. Ele gostaria de poder confortar Harry, mas seria uma mentira, e Harry sabia disso.

Ainda assim, ele pode oferecer conforto por isso, por aquele momento, quando Harry chorou enquanto lutava sozinho para traduzir os escritos de um assassino em série louco, e aquele que havia assassinado a maioria dos próprios amigos e família de Harry. Silenciosamente, ele se levantou e caminhou até o lado de Harry. Harry não piscou, pego como estava no horror de qualquer crime terrível que Tom Riddle Jr. tinha cometido na memória desta vez. Severus tomou muito cuidado ao colocar a mão quente sob a colcha de Harry e esfregar o pescoço do jovem. Mesmo assim, Harry quase saltou de sua cadeira com o toque gentil.