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Quantas borboletas voam em um jardim?
Quantas borboletas voaram até mim?

Sou como um jardim esquecido
Flores sem vida, vida sem sentido

Regaram a terra com lágrimas de gentileza
Mas uma borboleta me fez afogar em tristeza

Eu queria ver estações belas
Mas agora parecem infelizes e eternas

Uma única borboleta eu pude ver
E assim única pra mim ela pôde ser

Mas ela se foi junto à ventania
Levando a vida do jardim dia após dia

Eu morri por meses para ser eu e você contra o mundo
Eu desisti de ser alguém que você não tinha mais a certeza
E mesmo quando minha alma gritou seu nome em meio à multidão
Você se tornou um desconhecido em minha solidão

Agora, em minhas mãos, o que resta
Acidentes de quebradas promessas
Que as lembranças insistem em deixar pra trás
Que eu queria admitir que não servem mais

Mas, mesmo que eu caia de abismos
Esqueça até de seus sorrisos
Eu não posso me perdoar
Muito menos explicar...

Mesmo que perguntas me façam enlouquecer
Me façam chorar por infinitas noites e amanhecer

Eu nunca vou pedir perdão, por ser o resto que você soltou a mão...

Agora eu vivo pra ser eu e nós contra o mundo
O mesmo mundo que ainda insisto em fugir
Não tenho razões pra me arrepender de não ser você
Mas irei sofrer com eternas razões e porquês

Mas você não vai estar aqui nem ao meu lado
E mesmo assim me sinto viva, não em pedaços
Mesmo que o sofrimento queime nossa canção....

Vou dizer que estou bem novamente

Canção Onde histórias criam vida. Descubra agora