Capítulo 11

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Acordo sozinha no dia seguinte, como um déjà-vu da manhã anterior, quando acordei totalmente confusa na cama do meu chefe.

Espere: só faz vinte e quatro horas que tudo aconteceu? Parece ter passado uma vida!

Por um momento, fico ali, olhando o teto e recordando a noite louca com Steve. Caramba, ele cumpriu sua parte no acordo. Eu tinha passado uma noite com Steve Rogers e o que podia dizer? Foi a melhor noite da minha vida!

Merda!

Será que Steve tinha curtido tanto quanto eu? Ele parecia estar curtindo. Porém homens são diferentes das mulheres, enquanto estou aqui fantasiando sobre quão maravilhoso seria se Steve entrasse por aquela porta agora, abrisse aquele sorriso deslumbrante e dissesse que a noite passada foi a melhor da vida dele também, ele provavelmente está apenas satisfeito por ter tido sexo fácil.

Eu devia realmente ter insistido em ir pra casa, pois agora como ia ser? Steve deve estar contando as horas para se livrar de mim. Bastaria sua família sair por uma porta que ele me chutaria por outra.

Meu coração despenca no peito e suspiro pesadamente.

Bem, eu tinha o resto da minha parte do acordo para cumprir. Então, me levanto, tomo uma ducha rápida e me visto, saindo do quarto.

Os irmãos de Steve e respectivos cônjuges estão reunidos na cozinha, mas nada de Steve ou de seus pais.

— Olha só quem acordou! — Hope me vê primeiro e sorri, fazendo todos os outros olhos se voltarem para mim.

— Bom dia. — Entro e pego um bule de café, fingindo ser habitual para mim, acordar na casa de Steve, quando, na verdade, estou um tanto tímida de encarar parte da família Rogers sem ele por perto.

— Bom dia, Natasha. — É o marido de Hope que responde e ele parece meio tímido também, desviando o olhar.

Hope está rindo baixinho, escondendo o rosto na xícara.

E quando olho para Florence e Sean, percebo que estão me encarando com um olhar cheio de malícia.

— Parece que a noite foi boa, hein? — Florence é a primeira a falar e meu rosto ruboriza instantaneamente.

— Ainda pode andar? — Sean ri e eu decididamente quero morrer. — Pelos gritos que ouvimos ontem, achei que ia aparecer numa cadeira de rodas.

— Sean! — Florence lhe dá um tapa no ombro, mas está rindo também, assim como os outros. Até Scott, embora não me olhe nos olhos.

Minha nossa, que vergonha!

— Vocês ouviram? — pergunto mortificada.

— Acho que Londres inteira ouviu — Hope confirma divertida.

— Ah que vergonha… oh, Deus, seus pais ouviram! — Eu tinha que ir embora dali, tipo assim, agora!

— Não se preocupe. Meus pais têm problemas para dormir fora de casa e tomam pílulas que os fazem apagar — Sean responde e suspiro aliviada.

— Graças a Deus! E cadê seus pais e Steve?

— Papai e mamãe foram caminhar no parque e Steve, acho que está no escritório, deve saber que ele é maníaco por trabalho! — Hope diz em tom de crítica. — Achei que ia deixar de lado, já que você está aqui.

Eu sorrio amarelo.

— É, eu desconfiava — minto. Como é que eu ia saber que Steve trabalhava até no domingo? — Bem, vou tentar tirá-lo de lá!

— Faça isso! — Hope diz. — A gente precisa decidir onde vai almoçar.

— Enquanto isso, vamos dar um pulo no parque também? — Sean sugere e todos os outros aquiescem, saindo para buscar os casacos.

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