Capítulo 12

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Só que no dia seguinte acordo ridiculamente atrasada depois de passar a noite tendo pesadelos com Steve. Exatamente. Agora, em vez de sonhos românticos, tinha pesadelos nos quais persigo Steve vestida de noiva e ele corre apavorado pelas ruas gritando, fugindo de mim.

Xingando todos os palavrões possíveis, consigo me arrumar e correr para pegar o metrô. Quando entro no elevador da DBS, respiro fundo, olhando a hora no celular e percebendo que, apesar de toda minha correria, estou atrasada quarenta minutos. Erin ia me matar.

Para completar, a porta se abre em algum andar antes do meu e, para minha consternação, Steve Rogers entra no elevador, seguido de Mark Wilson, o vampiro do RH.

Seu olhar brilha de surpresa por um instante e tenho certeza que estou vermelha feito um pimentão quando ele se vira, ficando de costas para mim.

Ah, claro que ele iria me ignorar.

Tudo bem, eu podia fazer a mesma coisa.

A porta do elevador se fecha enquanto Mark mostra a ele algo num tablet.

— Esses números podem comprovar o que estou dizendo… — Mark continua a falar sem que eu preste atenção. Aliás, minha atenção está na nuca de Steve enquanto tento ignorar seu cheiro delicioso e agora familiar chegando até mim e detonando com a minha memória olfativa.

— Atrasada, Senhorita Romanoff? — De repente a voz de Steve corta Mark e arregalo os olhos.

Ele falou comigo?

Ai, meu Deus!

Limpo a garganta, tentando pensar no que responder, enquanto Mark vira a cabeça lentamente em minha direção.

Sorrio amarelo.

— É, oi, Senhor Vamp… quer dizer, Wilson.

— Eu te fiz uma pergunta, Senhorita Romanoff — Steve insiste, sem se voltar, com voz autoritária de CEO.

De repente sinto a raiva borbulhando dentro de mim. Ok, Steve pode chamar minha atenção, afinal, é o chefe supremo, no entanto eu sei que não está me questionando por isso.

Na verdade, não entendo bem por que está falando comigo quando foi ele mesmo quem frisou que não queria que ninguém no escritório soubesse da nossa ligação.

E não acho que notar minha existência e começar a me questionar de uma hora para outra é ser discreto.

Bem. Dois podem jogar esse jogo.

— Desculpe, senhor — respondo. — É que eu tive um fim de semana muito agitado.

Desta vez ele se vira, com os olhos em fogo.

Ah! Eu sorrio triunfante para seu rosto carrancudo.

— É mesmo? — indaga devagar. — Teve um encontro?

Ah, ele ia jogar? Podia ver em seu olhar que estava me desafiando.

— Na verdade, acho até que fiquei noiva!

Os olhos dele se arregalam de surpresa e tenho vontade de rir.

Tome essa, seu cretino!

— Meus parabéns — Mark se intromete em nosso estranho diálogo e tanto eu quanto Steve nos viramos para o vampiro, quer dizer, o gerente de RH.

Antes que qualquer um possa dizer algo, o elevador para de novo e Alan Felton entra.

Seu rosto se ilumina ao me ver.

— Ei, Nat. — Ele para do meu lado e só então parece notar Steve e Mark. — Bom dia — diz mais comedido.

A porta se fecha de novo. Mark volta a falar com Steve e Alan sorri para mim.

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