ACCIDENTALLY IN LOVE - 𝙳𝚛𝚊𝚛𝚛𝚢

𝙲𝚑𝚊𝚙𝚝𝚎𝚛 𝚃𝚑𝚛𝚎𝚎 - 𝙼𝚒𝚜𝚝𝚊𝚔𝚎𝚜

Mesmo contra vontade, Harry não tinha muitas opções a não ser obedecer seu professor, Snape então mandou que o garoto enchesse o copo sem muita paciência. O moreno estava receoso não podia negar, tinha medo do que poderia acontecer se por acaso, não tivesse colocado ou mexido a poção do jeito certo; a primeira vez que tomou fora Hermione que tinha preparado, então as chances de erro eram quase nulas.

E mesmo assim, ela se transformou num gato.

O que piorava tudo.

Embora a situação agora fosse diferente já que eles não estavam fazendo nada escondido, sua dupla lhe causava arrepios mas o cheiro também não parecia tão desagradável quanto da primeira vez.

Harry respirou fundo.

— Não temos todo tempo do mundo, Potter. – Snape resmungou e quando olhou pra frente, Malfoy já tinha virado o liquido e fazia uma careta ao limpar o canto da boca. Harry então virou seu copo de uma única vez deixando uma careta transparecer.

O silêncio se fez por vários e vários minutos e ao contrário do que ele lembrava ter sentido na primeira vez que provou a poção, tudo era diferente agora, sua vista escureceu e erguendo as mãos, Harry procurou alguma coisa para se apoiar enquanto todos o olhavam e a voz fria de Snape pedia pra que o moreno relatasse o que estava acontecendo consigo.

Rony correu e o apoiou em seu ombro enquanto o corpo do amigo ficava cada vez mais relaxado e ele fechava os olhos ficando aparentemente inconsciente.

O que eram vozes distantes se tornou um grande vazio, Harry não via ou ouvia mais nada, sequer sabia onde estava e sem ter a noção de tempo ele acordou com a face de Snape lhe analisando profundamente. Não era exatamente o que ele queria ter visto mas achar seus amigos logo em seguida lhe deu mais confiança.

— Como se sente, Harry? – Hermione questionou preocupada e com a mão na cabeça ele respirou fundo.

— Cansado apenas... O que aconteceu?

— Você desmaiou depois da poção...– foi a vez de Rony comentar furioso antes de virar-se na direção do loiro de olhar cinzento. — Aposto que ele colocou algo na bebida, isso não devia ter acontecido!

— Acusações sem provas não são admitidas nas minhas aulas, Senhor Weasley.

— Mas professor, e se o Harry tiver tido alguma outra reação?! Nem de longe a poção devia ter esse resultado... – Hermione indagou preocupada. — Temos que levá-lo a enfermaria...

— Sou eu quem dá as ordens aqui, Senhorita Granger. – Snape encarou Draco que parecia bastante preocupado com o ocorrido — O que você colocou no caldeirão, Malfoy?

— Eu...Eu... bom, o que estava na lista, e-eu juro. – o loiro rebateu nervoso sentindo todos os olhares sobre si.

— Ele está mentindo! – Rony disparou outra vez.

— Calado, senhor Weasley, ou prefere ir a detenção por uma semana?! – o ruivo bufou se aproximando de Harry outra vez.

— Eu estou bem, não estou sentindo nada... – afirmou aos dois.

— Tem certeza, Harry? Podemos ir até a Madame Pomfrey...

— Eu estou bem Hermione. – retrucou levantando da cadeira — Posso sair, professor?!

Snape era uma mistura de irritação e preocupação, talvez?

Ele concordou e deu as costas para apagar todas as instruções do quadro antes de dispensar toda turma.

Harry sentia uma dor na barriga mas não queria preocupar os amigos, com certeza a mistura não o fez bem e nada que um chá ou suco de abóbora não resolvesse.