O nhec nhec das poltronas.
As curvas sinuosas dessa Serra.
Por mais que seja extremamente difícil ignorar esses dois grandes fatores, minha mente ainda divaga pelas ruas de Paraty.
A cidade de boa energia e bugigangas bonitas.
Não sei... Algumas pessoas podem dizer que não nos divertimos e que não aproveitamos, mas meu coração afirma com toda certeza que foi uma viagem incrível.
Não foi aquela viagem que revolucionou o mundo.
Não foi aquela viagem que gastamos uma grana fodida.
Não foi aquela viagem que vimos de tudo que o lugar tinha a oferecer.
Mas estar acompanhada dos seus olhos castanhos foi o suficiente.
As risadas e confidências.
As bobajadas e tontices.
Acho que isso não tem preço.
Ver Paraty pelo reflexo dos olhos dele foi mais valioso que ver por qualquer lente que amenize minha miopia.
Rodar o mesmo centro histórico sem sequer saber onde estava, mas confiar que aquela mão que me segurava era capaz de me guiar pelo melhor caminho.
Deitar cansada ao lado dele e ouvir o coração bater acompanhando as ondas.
O afago em meu cabelo.
Aquela risada gostosa que ele deu.
Posso estar voltando pra um cotidiano um tanto quanto cinzento, mas as cores de Paraty nunca vão sumir.
Assim como as suas.
Rogo toda vez que eu nunca seja capaz de esquecer isso, porque Paraty é para ti e mais ninguém.