14, estúdio de balé (crepúsculo)

359 60 6
                                    


-Alice vai ver quando tomarmos essa decisão. – Jasper afirmou, eu quase conseguia ouvir as engrenagens da sua cabeça se movimentando.

Eu teria pensado que estava longe da possibilidade de me surpreender, meus pensamentos estavam torturados e desestabilizados, mas eu fiquei surpresa quando vi Edward se inclinar na mesa, agarrando a borda com as duas mãos.

-Ele 'tá perto suficiente para eu conseguir ler seus pensamentos. – Edward falou, olhando para um ponto fixo, concentrando-se. Um risco de esperança surgiu em mim. – Mas é como se a onda de rádio estivesse baixa, nós temos que chegar mais perto.

-Você tem certeza? – Jasper perguntou, tocando levemente seus ombros.

-Eu não ouço ninguém com ele. – Edward afirmou. Ele me encarou. – Sua teoria talvez esteja certa, sobre ele estar forjando a presença da sua mãe, mas temos que chegar mais perto.

-Como? – Perguntei.

-Você vai ter que ir. – Edward afirmou. – Alice vai nos matar, mas essa oportunidade é única.

-Bella, você acha que consegue lidar com a possibilidade de estar a sós com ele? – Jasper perguntou, olhando-me.

-O que pode acontecer? – Perguntei, dividindo meu olhar entre eles.

-Creio que a possibilidade máxima será ele te transformar. – Jasper afirmou. – Mas meu plano é que ele esteja tão atordoado com seu cheiro, que ele não vai perceber quando nós dois chegássemos.

-E quando ele me morder?

Jasper suspirou.

-O vírus vai para a sua corrente sanguínea, por isso teremos que ser rápidos o suficiente, para Edward retirá-lo da sua corrente sanguínea enquanto eu lido com ele. Você tem que estar preparada.

Lembrei de Edward mais cedo dizendo que o vírus na corrente sanguínea é a pior sensação que existe.

Suspirei.

-Essa vai ser a única opção, né?

-Temos que aproveitar essa situação, se ele fugir, vai ser muito difícil de acha-lo novamente.

O sentimento de paz que Jasper criou funcionou e me ajudou a pensar com clareza. Me ajudou a planejar.

Olhei para o relógio na parede, era quase nove da manhã.

-Vamos. – Falei, decidida. – James me disse por telefone que era pra passar na casa de minha mãe antes, lá ele me passaria as coordenadas.

-Ok, você pega um táxi para lá, nós estaremos no raio mais próximo o suficiente para não sermos localizados. – Edward garantiu, colocando a mochila em suas costas e segurando as bolsas, Jasper fez a mesma coisa com as malas que sobraram. – Lembre-se, eu não consigo ler seus pensamentos com tanta facilidade, então tente ficar aberta o tempo inteiro.

Assenti.

-A hora irá bater com a hora que eles vão chegar no aeroporto, Alice possivelmente já está prevendo tudo, mas tentaremos controla-la, para chegarmos no momento certo. – Jasper afirmou.

-Ok. – Confirmei.

-Vamos.

Saímos do quarto e logo Edward estava no meio da rua com seu óculos de sol chamando algum táxi. Edward falou rapidamente com o taxista, dando as coordenadas.

Rapidamente entrei no carro e Edward apoiou-se na janela.

-Lembre-se, estaremos perto. Faça tudo que ele pedir.

crepúsculo (bellice)Onde histórias criam vida. Descubra agora