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I wanna sing a song, that'd be just ours
But I sang 'em all to another heart
And I wanna cry, I wanna fall in love
But all my tears have been used up

On another love, another love
All my tears have been used up
On another love, another love
All my tears have been used up
On another love, another love
All my tears have been used up oh oh, oh

Another Love .

Senti a mão trêmula assim que entrei no quarto de Sirius,  seu perfume ainda estava ali era como se seu corpo ainda estivesse presente, encarei os pôsteres de bandas trouxas na parede, sorri ao ter uma lembrança.

Era natal toda a família Black estava reunida em nossa casa, eu Andrômeda e Sirius com tédio do típico assunto mais comentado pela nossa família ser a abominação com contato com os trouxas havíamos saído da festa e ido até o quarto de Sirius.

Sirius havia ganhado dos amigos discos de vinil trouxas, me lembro de ele colocar os discos para que tocassem a música,  nós três dançavamos juntos e também riamos.

Se nossos pais vissem estávamos muito encrencados e o melhor era não se importar com aquilo apenas sentir a sensação libertadora de dançar uma música sem se importar com o que pensariam de duas damas se portarem daqueles modos, era óbvio que eu e Andrômeda não ligavamos para aquilo .

E Sirius ?
Sirius não seguia nenhuma regra e principalmente as regras da nossa família,  eu me lembro exatamante qual foi a sensação que senti naquele dia .

Havia sido o melhor Natal que eu passei dentro daquela casa e com aquela família que tinha,  a sensação que eu senti foi a sensação de libertadade liberdade de tudo.

Mas essa liberdade acabou no momento em que Sirius saiu de casa e eu tive que tomar responsabilidade de tudo o que era planejado para ele cumprir e não eu.

Olhei o quarto em volta,  ninguém havia mexido nele, então  eu iria fazer isso, estalei os dedos fazendo com que algumas caixas aparecessem no chão do quarto, tirei os pôsteres da parede do quarto com cuidado e os coloquei na caixa, objetos de trouxas que  Sirius colecionava  e deixava em uma parte do armário escondida coloquei na caixa também,  eu guadaria aquelas coisas, tudo me lembrava ele.

Eu mesma podia ver a minha semelhança com Sirius, além de sermos gêmeos e termos os mesmo tons da cor dos olhos, eu sabia que algo dentro de mim era igual ao meu irmão,  ele não concordava com o pensamento da família e eu também não. 

Apesar de tudo e querer apagar ele de minha memória eu não podia pois assim que e visse no espelho saberia que eu era igual ele, tínhamos gostos parecidos e isso não podia ser negado.

Eu queria poder negar  e isso por ódio,  ódio por ele não ter voltado me buscar e também buscar Régulus, ódio por ele ter deixado as responsabilidades dele nas minhas costas.

Encarei a bandeira da Grifinória que Sirius tinha no quarto peguei ela e coloquei na caixa, olhei para tudo aquilo que me lembrava ele e em um estalar de dedos ela já estava no porão, encarei os discos de vinil tendo a melhor lembrança possível,  peguei eles e decidi levar para meu quarto.

Os deixei escondidos se mamãe os visse ai sim eu teria que me preocupar.

Encarei a janela vendo o jardim de casa com um aspecto diferente, ele tinha um ar frio, bem diferente do que costumou ser quando Régulos,  Sirius e eu brincávamos juntos .

Respirei fundo sentindo mil lembranças invadirem minha mente, a porta foi aberta em brusco, me virei rapidamente vendo minha mãe ali .

- Se arrume Mi lorde está chegando junto com os outros, esteja impecável e não me falhe na hora de mostrar seus poderes - Ela falou - Se apresse a trocar de roupa vamos logo !

E fechou a porta batendo  fazendo um barulho alto , fechei os  olhos imaginando a roupa que queria, estalei os dedos trocando de roupa, usando uma blusa de mangas bufantes ombro a ombro branca,  uma calça social preta e um corpete preto, e nos pés um salto agulha também preto.

Ajeitei o cabelo o penteando e fazendo um penteado simples, na mãe entrou no quarto com a caixa que tinha as coisas de Sirius.

- Por que se tortura assim ? Sabendo que ele não vai voltar pra buscar você e seu irmão? - Ela questionou com a voz fria.

Senti a garganta se fechar eu não tinha resposta,  ela fechou a porta do quarto.

- Prometo ser rápida- Ela falou se direcionando para perto de mim, dei um passo para trás fazendo ela me encarar incrédula- Sou um monstro a ponto de você se afastar de mim?

- Quer mesmo que eu responda ? - Respondi com a voz fraca.

- Entenda que eu só fiz as coisas que fiz por causa do seu pai ! Eu era feliz, me lembro de quando estudava em Hogwarts - Ela sorriu como se lembrasse de um tempo que não voltaria mais, era a primeira vez que a via sorrindo verdadeiramente - Eu amava alguém que não podia amar,vivi um romance escondido, não tão escondido pois quando meu pai descobriu ele fez questão de me casar, eu fiquei presa em um casamento sem amor, carinho e fidelidade, a única coisa que me fez feliz durante todos esses anos nessa casa foi o nascimento de você e de seus irmãos,  eu fiquei tão feliz ao descobrir que teria gêmeos.

Eu estava chorando , não sabia mas o monstro que eu pensava que ela era estava revelando o contrário.

- Quando você nasceu eu me senti completa tendo dois filhos no colo - Ela falou com lágrimas nos olhos - Naquele dia eu prometi a mim mesma que não seria igual meu pai foi comigo e vejo que não cumpri essa promessa, eu errei tanto quando deveria ter feito a coisa certa, e hoje eu sinto que não perdi só Sirius e sim também você e Régulos, eu sinto como se uma parte de mim tivesse se partido e ido embora, eu me lembro de me sentir assim desde quando tinha sua idade , tive um amor impossível e quando meu pai descobriu que ele era nascido trouxa fez questão de matar  e me forçar a casar com seu pai, eu senti que não teria mais alegria em minha vida, perdi a pessoa que mais me amou na vida , mas depois de um tempo de casada eu descobri que estava grávida, você e seus irmãos me fizeram brilhar quando eu estava no escuro .

Mamãe me abraçou,  um abraço que ela nunca havia me dado na vida, nem ao menos um carinho .

- Eu consigo sentir a frieza no seu olhar - Ela falou segurando meu rosto - Não deixe que a escuridão lhe leve para ela.

- Por que foi assim todos esses anos? - Questionei ainda anestesiada com tudo aquilo.

- Vamos antes que sintam a nossa falta - Ela falou segurando minha mão com um gesto de que tudo daria certo.

- Vamos antes que sintam a nossa falta - Ela falou segurando minha mão com um gesto de que tudo daria certo

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