A Imperatriz

• Cap 1: O acordo •

    Sempre me disseram que como mulher o meu papel na sociedade não poderia ser diferente do que casar, ter filhos e viver pelo meu marido. Uma mulher precisa ser delicada, sensível, vaidosa, calma e passiva.
    É claro que quando eu era mais nova pensava que isso pra mim seria diferente por ser a filha do imperador.
    Estava errada.
    Ser a filha do imperador só piorava tudo. Ao invés de ter aulas de astronomia, geografia, história e economia, eu deveria aprender a costurar, cozinhar e como se portar à mesa. Não que essas coisas não sejam importantes.
    Mas eu queria mais.

10 ANOS ANTES:

Sra. Kwan: Senhorita! Princesa Gayoung! Espere!- ela disse enquanto corria atrás de mim.

Gayoung: Eu já disse que não começarei minhas aula enquanto não falar com meu pai!

Sra. Kwan: É " minhas aulaS " senhorita!- disse quase sem fôlego destacando o S ao final da palavra, não que eu não saiba, só gosto de irritá-la- E seu pai não pode vê-la agora, ele está em uma reunião com... Com pessoas importantes.

Gayoung: Que pessoas?- pergunto parando em frente a porta do grande salão principal- papai não me disse que teríamos convidados.

Sra. Kwan: Eles não irão ficar. São coisas de governo e vossa alteza sabe que não lhe interessam os assuntos sobre o governo.

Gayoung: Quem decide o que me interessa ou não sou eu mesma!

Sra. Kwan: Não são esses os modos que eu te ensino senhorita! Hoje você está pior do que nunca! Agora vamos, precisamos cumprir o horário antes que seu pai...- ela é interrompida pela enorme porta sendo aberta, nos revelando o trono de meu pai com o mesmo sentado e algumas pessoas à sua frente, estão todos nos olhando.

    Há um homem mais velho e um garoto um pouco mais velho que eu do seu lado, têm guardas perto deles e não parecem ser daqui.

Sra. Kwan: Imperador, me perdoe pelo inconveniente, a princesa só... Está com o temperamento um pouco mais difícil hoje.

Gayoung: Papai! Eu só queria falar com você- disse entrando correndo na sala mas paro quando os guardas do mesmo me impedem de avançar cruzando suas espadas na minha frente.

Katsuno: Realmente Minyu, ela é igualzinha a mãe- ele diz me olhando e ri.

Minyu: Por favor, podem deixá-la vir.
   
    Os guardas liberam meu caminho e passo por aquelas pessoas indo até meu pai.

Minyu: O que foi querida, estou ocupado agora- ele diz me colocando sentada uma de suas pernas- e você deveria estar na aula de costura agora, não? Está com os cabelos soltos... Sabe que não é assim que deve ser...- ele diz calmo, tão calmo que me irrita.

Gayoung: Eu odeio tudo isso! O senhor sabe...- digo emburrada enquanto ele começa a acariciar meus cabelos.

Minyu: Mais tarde, antes de você ir dormir, eu vou ao seu quarto e conversamos, pode ser?

Gayoung: O senhor promete?

Minyu: " Senhor? "- ele me olha erguendo uma sobrancelha- você realmente não tem só um humor- ele ri de leve- mas eu prometo sim.

    Olho pra ele desconfiada e ele me ergue o seu dedinho sorrindo sem mostrar os dentes. Eu abro um sorriso e entrelaço meu dedinho no dele.

Minyu: Agora, antes que você vá, quero te apresentar estes senhores- me viro para as pessoas que estavam ali, nos observando- Aí temos o imperador Nanai Katsuno e seu filho Nanai Akira, eles são nossos convidados para esta noite.