Singular - Imagine Kimetsu no Yaiba

Enfim, minha tão desejada..

•[Narradora] - Ponto de vista •

     Clareando o campo onde [S/n] morava de seu ponto mais alto a essa hora da tarde estava o sol, enquanto as únicas ocupantes de uma aconchegante moradia no topo de uma alta colina lutavam contra a exaustão e a longa subida, para chegar finalmente no quintal de sua casa.

     Munidas de suas compras feitas na cidade( para onde não precisariam ir pelo resto do mês, já que encontrariam parte do que precisavam negociando com seus vizinhos ), mãe e filha se sentaram no piso de madeira da varanda e descansaram enquanto eram protegidas do sol pelas telhas da casa ao finalmente chegarem.

- Guarda tudo isso pra mim, filha, preciso tomar banho! - exclamou a mãe da garota, soltando as bolsas com as compras com cuidado ao lado da mais nova, logo apoiando as mãos nos joelhos e fazendo força para se levantar.- Ai!Me ajuda aqui, [S/n]!

- Tá bem, mãe..- Você se levantou quase não parando em pé, estendendo as mãos para sua mãe e a puxando com todo o peso de seu corpo, pois tamanha era a preguiça de fazer força para levantá-la. - Anda, vem logo!

- Aaaaai, [S/n]! - Reclamou a mulher com as costas arqueadas e ambas as mãos sobre as costelas, enquanto a garota caía sentada na terra, graças a gravidade.- Cuidado filha!Quase que você roda ladeira abaixo! - Sua mãe gargalhou observando sua situação, limpando o suor do rosto e dando um sorriso depois que parou de dar risada.

     Você por sua vez estufou as bochechas, emburrada, enquanto encarou sua mãe destrancar a porta e entrar depois de tirar os sapatos, já você, mesmo contrariada, não tardou a recolher as compras e levar para a cozinha como sua mãe havia pedido.

[...]

     [S/n] saiu para a varanda atrás da casa pela portas dos fundos e caminhou para a grama com seus pés descalços, ouvindo a camada rasa de folhas secas sobre a grama sendo esmagada por seus pés enquanto ela caminhava, indo se deitar há poucos metros da casa.

     Ao se deitar ela inspirou lentamente o ar puro e refrescante a sua volta, enquanto seus olhos continham brilho sereno quando voltados ao céu alaranjado, que é costumeiro do início dos fins de tarde.

     A garota espirou calmamente enquanto fechava os olhos depois de alguns minutos apreciando o por do sol, minutos estes, que foram suficientes para a deixar completamente relaxada.

     Você pensa brevemente no quão pacífico e normal tinha sido o seu dia, e em seguida se desvia de todos esses pensamentos para começar a olhar sua vida na sua tão desejada realidade, acalmando gradualmente sua respiração enquanto fluía com suas afirmações uma após a outra.

   Você se imagina lá nesse exato momento, mentalizando seu quarto, sem pressa para terminar esse processo e desejando intensamente já ter chegado, sentia-se sonolenta e prestes a dormir, mas foi brutalmente desperta pelo som de algo desabando, ao que pareciam ser várias tábuas de madeira caindo.

Você respirou fundo pronta pra retomar de onde havia parado mas as coisas ao seu redor começaram a se movimentar mais rápido enquanto passou a ouvir vozes se agitando, o que te fez sentir que algo estava errado.

     As vozes de várias pessoas exclamaram preocupadas e você tentava não perder o foco e a paciência, até que os burburinhos de suas falas não paravam de soar em seus ouvidos, tanto que abriu os olhos e se sentou, coçando a cabeça na tentativa de aliviar aquela descarga de estresse.

- Meu Deus...MÃE!Quando foi que você chamou tanta gente pra nossa casa..? - a garota resmungou com a voz embargada, contendo suas lágrimas pois nunca havia se sentido tão perto de sua realidade desejada como agora pouco.- Não..Eu não estou brava..Nem triste!