Único;

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Começar pelo simples.

Katsuki Bakugou, a "coisinha" explosiva da 1A — E provavelmente da UA inteira também — é o tipo de pessoa que quando olha para ele, não se vê alguém que parece haver amor dentro de si, além de ódio e só ódio. Ah, e orgulho também. É uma visão que todo mundo tinha dele, pois realmente não parece se importar com nada.

Fora isso, era um garoto normal. Bem, um normal meio diferente, porém normal.

— Caralho, tão quente.

Dizia ele consigo mesmo, quando estava dentro de seu quarto vendo algum hentai que tinha comprado com uma parte de sua mesada. Mentira para sua mãe, dizendo que gastava tudo com doces, mas na verdade, era só aquilo.

Ele não era fissurado em coisas desse gênero. Mas logo ele, sendo um adolescente com a mente de que não se apaixonaria e nunca seria amado por alguém, as vezes, bate um sentimento de que ele precisa de um pouco de prazer — E amor próprio, aliás.

Alguns pequenos momentos na qual fazia com que sua excitação fosse embora, junto a todo o gozo — Vulgo porra, leitinho — que saía diretamente de seu pau — Claro, não poderia sair de outro lugar.

Confessava para si mesmo que estava procurando alguém para se apaixonar. O problema é que ele estava escolhendo muito, pensando na garota perfeita para si. É difícil? Sim, e muito. Nenhuma garota aparentou ao menos se interessar nele, até onde pôde perceber.

Ficou tão desanimado, continuou com sua rotina monótona de ler alguns livros eróticos e hentais, para preencher seu vazio e excitação, talvez sem fim.

E ele ficou debruçado sobre a carteira, ouvindo uma voz ou outra pela sala. Os alunos foram chegando aos poucos. Enquanto isso, clicava no pequeno botão que havia em cima de sua caneta azul, vendo a sua ponta entrar e sair de dentro do pequeno objeto. Nada interessante, tudo muito chato, normal demais, numa manhã simples de segunda-feira. Garoava, um pouco. A única coisa diferente era o climinha frio que obrigava a maioria dos alunos usar um casaco ou qualquer coisa que esquentasse, nem que fosse só um pouco.

"Queria estar com meu livro aqui."

Pensou consigo mesmo. O seu livro de talvez 600 páginas era sua companhia diária, pelo menos, dentro de casa. Queria sim fazer a loucura de levar uma "coisa" daquelas para o colégio.

Bufou, chateado, não entendia o por que ele não conseguia se interessar por ninguém, mais ninguém, desistiu, pela primeira vez na vida. Se rendeu para aquela amarga verdade de que seria realmente um alguém sozinho.

Tão quieto, ignorando tudo e até mesmo a voz de Midoriya, que estava a lhe incomodar, mas não o incomodava tanto quanto sua solidão — Se sentia um sadboy.

Repentinamente chacoalhou a cabeça e voltou sua atenção à porta da sala, que havia aberto, fazendo um rangido horrível, que sempre incomodou muito o mesmo. Viu as garotas entrando na sala, uma de cada vez, dando risadinhas e olhando umas para as outras. Com conversas um tanto sem nexo, pelo menos, para todos os rapazes da sala.

Ochako — Ficou perfeito, né?

Tsuyu — Maravilhoso, Kero! Nós vencemos uma aposta tão simples, né? E a Momo fez um ótimo trabalho. Kero, Kero!

Momo — Ah, obrigada. — Respondeu, sem graça.

Mina — ARRASAMOS! ISSO AÍ GAROTAS!

Denki — Mas afinal, do que estão falando? — Perguntou ele, perguntando por todos da sala.

Aizawa — Silêncio, alunos... Silêncio... — Dizia, com a voz um tanto baixa, cansado, como sempre. Quase adormecendo na cadeira.

Mina — Eu e as garotas fizemos uma aposta com o Kirishima.

Ele é um pervertido - BakukiriOnde histórias criam vida. Descubra agora