Quando a Morte encontra a Vida. (Em Revisão)

Lucas Keller

Pov : Lucas Keller

- Pronto, senhorita chata! - entrego o protetor para Mia

- Obrigada, senhor insuportável - puxa o protetor de minha mão

Volto a me deitar na areia, com os braços atrás da cabeça e o óculos escuro na testa. Observo o céu, que até então está limpo, sem muitas nuvens, e com um tom de azul único

O som do mar faz meus músculos relaxarem, e por um momento, sinto meu corpo leve. A semana tem sido exaustiva, não tenho recebido notícias de Noah, não sei como meu pequeno está... O medo de algo ter acontecido, me assombra todas as noites..

Fecho os olhos fortemente, seus olhinhos gigantes vem a minha mente, sinto um aperto no peito. Minha respiração fica ofegante, sinto minha garganta tampar e uma imensa vontade de chorar

Me sento novamente, e encaro Mia por trás, que agora já está longe o bastante de mim, ela banha os pés na água salgada, parece está pensando se realmente deveria entrar ou não

Novamente a imagem de Noah vem a minha cabeça, meu peito se aperta mais e mais

Algo aconteceu, eu tenho certeza disso..!

Pego o telefone, e logo confiro todas as ligações que ignorei. Nenhuma é de Bartolomeu, isso seria um bom sinal?

Fico de pé e passo as mãos por trás de meu shorts, tirando qualquer resquício de areia. Chamo Mia com uma das mãos, e logo vejo a mesma correr até mim

- O que você quer? - pousa as mãos na cintura

Confesso que seu cabelo molhado a deixa ainda mais atraente

- Estou indo dar uma volta, quer ir comigo? - pego minha camiseta

- Pode ser, para onde vamos? - passa um lenço verde claro por volta da cintura

- Não sei, podemos ir para o final da praia, onde tem aquelas pedras - aponto - parece ser bem bonito

- Pode ser - sorri fraco e logo começa a caminhar.

O caminho está silencioso, um silêncio que chega a ser ensurdecedor, se é que isso é possível

- Então, Mia - coço a garganta - Como anda a vida? - preciso de aulas para aprender a puxar assunto com garotas

- Não anda, está parada - gargalha - Como anda a vida Lucas? - pausa sua caminhada para me encarar

- Andando, em passos de tartaruga - rio

Mia sorri e volta a andar

- Me fala mais sobre você, Luquinhas - coloca as mãos para trás

- Falar sobre mim? O que exatamente quer saber?

- Quem é Lucas Keller? - me encara

A encaro por alguns instantes, minhas palavras sumiram, afinal, quem sou eu?

- Eu - coço a nuca - Bom, eu.. - suspiro - eu não posso te responder isso - encaro minhas próprias mãos, uma confusão de sentimentos e pesadelos me invadem. Lembranças e sentimentos que eu prefira esquecer

- Não pode me responder isso? Que bobagem - leva um dos dedos até meu queixo, me fazendo a encarar - Quem é você, Lucas?

- Eu não sei, Mia - seu olhar sereno transmite confusão, não a julgo, afinal, como uma pessoa não se autoconhece?

- Não sabe seus valores? - eu os tenho? - seus medos? - meu pai... - seus desejos? - morte

Dou um passo para trás, me afastando da mais nova