Colégio Militar.

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Mudanças, são reflexos de atos, sejam
eles bons ou não.

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Dia quatro de abril.


O ambiente era preenchido por Like a Stone. Em alto e bom som. Na King size, um tranquilo Jeon Jeongguk, permanecia deitado, os dedos deslizando pela tela com preguiça, gastando o tempo que tinha, nas redes sociais.

Uma notificação de mensagem no Instagram chamou a atenção do alfa: Jackson o chamava para uma social que teria aquela noite. Já imaginava como seria.

Festas ou sociais, como a que era incitado, se assemelhava a um prostíbulo requintado. Acontecia de tudo e um pouco mais. Ia de extremos. De um simples selinho, para orgias. Os que tinham sorte, talvez tivesse algum coma alcoólico, já outros, era um adeus para o mundo.

Drogas e álcool era o que movimentava aqueles tipos de eventos. Os jovens da grande seul, aproveitavam bem a saúde que tinham para se divertirem com o perigo. Tinham as melhores mercadorias ilícitas. Do jeito que Jeongguk gostava.

O lugar perfeito para pessoas de nome, que querem camuflar a vida errada das tevês e internet. Como os famosos influenciers, filhos de famosos ou pessoas iguais a Jeongguk: herdeiros com a vida mais do que garantida, pelos papais e mamães. Contudo, não sabia se iria comparecer. Ainda estava com a cabeça explodindo pela noite passada; tinha ficado muito chapado e estava sofrendo os efeitos colaterais naquela tarde. Perderá as contas, de quantas vezes no dia, tinha visitado o sanitário só para vomitar.

Passou as mãos pelas têmporas, como se tentasse relaxar a dor de cabeça que sentia. O que era irônico, a música provinda das caixas de som alta e os olhos vidrados na tela do smartphone, eram um empecilho para que a dor fosse embora.

Já ia pesar um cigarro para relaxar os nervos, porém algo o chamou a atenção. O estrondo vindo da porta. Soltou um suspiro. Não estava preparado fisicamente e nem mentalmente para ouvir o gritos.

Afastou o olhar do aparelho celular, encarando o patriarca abrir a porta com força, a fazendo bater contra a parede com agressividade.

- Uau. - pôs a destra sobre a boca, os olhos dobrando de tamanho, em uma falsa surpresa ao ver o outro alfa.- O que devo a honra, majestade? Figuras como a sua, são raras por aqui.

Repuxou o canto dos lábios, uma vez que tirou a mão do rosto, para exibir o sorriso enviesado. Para bons olhos, o veneno do escárnio, caia lentamente pelo lado esquerdo da boca bem formada de Jeongguk.

Ele já fazia ideia do porquê de todo aquele estresse. Ou melhor, a presença do pai.

- Desliga esse som! - esbravejou o progenitor de Jeongguk, ignorando a provocação anterior. O filho apenas voltou o olhar para o celular, como se nada estivesse acontecendo. - Desliga essa porcaria agora! - tentou mais uma vez, vendo a indiferença do alfa para com o pedido. A face vermelha e as narinas exaltadas, denunciavam que o dono da residência, não estava em um dos melhores estados de serenitude - Não vai desligar?! 'Tá bem!

Exausto de pedir, com passos pesados, foi até as duas caixas de som - que por sinal, não eram muito grandes -, as pegando na mão, e, jogando contra o chão com força. Ambas se quebraram, com o impacto que tiveram ao cair no piso frio do quarto, fazendo com que o barulho cessasse no mesmo instante.

De imediato, Jeongguk largou o celular. As sombrancelhas arqueadas, analisando o perfil nada calmo do homem a frente.

- O quê está fazendo, Jung-Suk?! - o tom era alto. Se levantou, olhando cheio de ódio para o pai.

Declínio. [Taekook - Kookv]Onde histórias criam vida. Descubra agora